sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Wolfgang Amadeus Mozart


























Wolfgang Amadeus Mozart em Joinville no ano de 1791


Mozart convenceu-se naquele domingo:
- Comporei uma bicicleta com instrumentos de sopro.

Ele andou rente aos muros da cidade de Joinville
à procura de inspiração.

Naquele domingo, Mozart,
leve de vodca e tonto de brisa,gritou:
- Todos desconfiam, mas eu posso compor uma bicicleta
com instrumento de sopro.

Hoje se vê Mozart,
na clavícula um pintassilgo,
pedalando o adágio das ruas.

Fernando José Karl
In Casa de água

sábado, 21 de novembro de 2009















Música deveria tocar fogo no coração de um homem, e trazer lágrimas aos olhos de uma mulher.
Ludwig Van Beethoven

domingo, 15 de novembro de 2009




"A música gera um tipo de prazer sem a qual a Natureza Humana não pode passar."
(Confúcio)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A ópera Aída



Inicialmente, a ópera Aída era para ser o grand finale das comemorações da abertura do Canal de Suez, construído pelo francês Ferdinand de Lesseps, em 1869. Mas houve contratempos. Embora seu autor, o italiano Giuseppi Verdi, tivesse finalizado a obra em 1869, a première só foi apresentada no Cairo em 24 de dezembro de 1871, num teatro que mais tarde um incêndio devorou.

A ópera Aída é a história de amor de um general egípcio, Radamés, apaixonado por uma escrava negra etíope, Aída. Acusados de traição, acabam sendo sepultados vivos.


No primeiro ato, sobressai a romântica ária Celeste Aída, o cenário todo é composto de motivos faraônicos, colunas imensas, um templo ao fundo . Na parte inicial, a ópera é muito movimentada, com danças típicas executadas por escravos. Em cena, as preparações de guerra dos egípcios, na cidade de Mênfis, antiga capital do Egito antigo unificado, para fazer face aos etíopes no Baixo Egito, em Tebas, atual Lúxor.

O segundo ato é sem dúvida o ponto alto da ópera. A famosa Marcha Triunfal, com Radamés retornando vitorioso da campanha, é executada durante todo esse ato. A entrada dos vencidos depositando suas riquezas em frente ao faraó, as danças de escravos negros, o grande coral ao fundo, tudo prende ao máximo nossa atenção.

Nos terceiro e quarto atos há uma diminuição de ação. Os cenários ficam na penumbra, é mostrado o Rio Nilo banhado pelos raios da lua.






























São poucas as óperas que, como AIDA, gozam de popularidade universal. O enredo resistiu às mudanças de gosto do público, aos limites que definem fronteiras de países, a diversidade de idiomas, às questões raciais e políticas. Podemos, no entanto, citar apenas três óperas que merecem ser consideradas como exemplos luminosos de uma popularidade indiscutível: Carmen, escrita em francês, Aida, em italiano e Lohrengrin, em alemão.

























Verdi era um homem autoritário, que não admitia interferências em seu trabalho. Mas podia, também, ter rasgos inesperados de bom humor. Quando um certo Prospero Bertani, de Reggio Emilia, lhe escreve, em abril de 1872, para dizer que tinha detestado as duas récitas da Aida a que assistira em Parma, e lhe pede a devolução de 31,80 liras referentes às entradas, às passagens de ida e volta de trem e a “um jantar detestável” no restaurante, Verdi lhe manda o dinheiro. Mas só 27,80 liras, alegando que ele “poderia muito bem ter comido em casa”. Além disso, exige um recibo e um bilhete em que o cidadão se comprometa a nunca mais assistir a uma ópera sua.