sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Wolfgang Amadeus Mozart


























Wolfgang Amadeus Mozart em Joinville no ano de 1791


Mozart convenceu-se naquele domingo:
- Comporei uma bicicleta com instrumentos de sopro.

Ele andou rente aos muros da cidade de Joinville
à procura de inspiração.

Naquele domingo, Mozart,
leve de vodca e tonto de brisa,gritou:
- Todos desconfiam, mas eu posso compor uma bicicleta
com instrumento de sopro.

Hoje se vê Mozart,
na clavícula um pintassilgo,
pedalando o adágio das ruas.

Fernando José Karl
In Casa de água

sábado, 21 de novembro de 2009















Música deveria tocar fogo no coração de um homem, e trazer lágrimas aos olhos de uma mulher.
Ludwig Van Beethoven

domingo, 15 de novembro de 2009




"A música gera um tipo de prazer sem a qual a Natureza Humana não pode passar."
(Confúcio)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A ópera Aída



Inicialmente, a ópera Aída era para ser o grand finale das comemorações da abertura do Canal de Suez, construído pelo francês Ferdinand de Lesseps, em 1869. Mas houve contratempos. Embora seu autor, o italiano Giuseppi Verdi, tivesse finalizado a obra em 1869, a première só foi apresentada no Cairo em 24 de dezembro de 1871, num teatro que mais tarde um incêndio devorou.

A ópera Aída é a história de amor de um general egípcio, Radamés, apaixonado por uma escrava negra etíope, Aída. Acusados de traição, acabam sendo sepultados vivos.


No primeiro ato, sobressai a romântica ária Celeste Aída, o cenário todo é composto de motivos faraônicos, colunas imensas, um templo ao fundo . Na parte inicial, a ópera é muito movimentada, com danças típicas executadas por escravos. Em cena, as preparações de guerra dos egípcios, na cidade de Mênfis, antiga capital do Egito antigo unificado, para fazer face aos etíopes no Baixo Egito, em Tebas, atual Lúxor.

O segundo ato é sem dúvida o ponto alto da ópera. A famosa Marcha Triunfal, com Radamés retornando vitorioso da campanha, é executada durante todo esse ato. A entrada dos vencidos depositando suas riquezas em frente ao faraó, as danças de escravos negros, o grande coral ao fundo, tudo prende ao máximo nossa atenção.

Nos terceiro e quarto atos há uma diminuição de ação. Os cenários ficam na penumbra, é mostrado o Rio Nilo banhado pelos raios da lua.






























São poucas as óperas que, como AIDA, gozam de popularidade universal. O enredo resistiu às mudanças de gosto do público, aos limites que definem fronteiras de países, a diversidade de idiomas, às questões raciais e políticas. Podemos, no entanto, citar apenas três óperas que merecem ser consideradas como exemplos luminosos de uma popularidade indiscutível: Carmen, escrita em francês, Aida, em italiano e Lohrengrin, em alemão.

























Verdi era um homem autoritário, que não admitia interferências em seu trabalho. Mas podia, também, ter rasgos inesperados de bom humor. Quando um certo Prospero Bertani, de Reggio Emilia, lhe escreve, em abril de 1872, para dizer que tinha detestado as duas récitas da Aida a que assistira em Parma, e lhe pede a devolução de 31,80 liras referentes às entradas, às passagens de ida e volta de trem e a “um jantar detestável” no restaurante, Verdi lhe manda o dinheiro. Mas só 27,80 liras, alegando que ele “poderia muito bem ter comido em casa”. Além disso, exige um recibo e um bilhete em que o cidadão se comprometa a nunca mais assistir a uma ópera sua.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

E lucevan le stelle

E Lucevan Le Stelle






E lucevan le stelle,
e olezzava la terra
stridea l'uscio dell'orto,
e un passo sfiorava la rena.
Entrava ella, fragrante,
mi cadea fra le braccia.
Oh! dolci baci, o languide carezze,
mentr'io fremente le belle forme discogliea dai veli!
Svani per sempre il sogno mio d'amore...
L'ora e fuggita e muoio disperato!
E non ho amato mai tanto la vita!


Giacomo Puccini in Tosca

Tosca







Tosca é uma ópera em três atos de Giacomo Puccini, com libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, baseado na peça de mesmo nome de Victorien Sardou. Estreou no Teatro Costanzi de Roma, a 14 de janeiro de 1900.



Personagens :

Floria Tosca (célebre cantora de ópera)
Mário Cavaradossi (pintor, amante de Floria Tosca)
Cesare Angelotti (ex-cônsul, prisioneiro político)
Barão Scarpia (chefe da polícia de Roma)
Spoletta (agente da polícia)
Sciarrone, sargento da polícia
Um sacristão
Um carcereiro
Um pastor

A história passa-se em Roma, em 1800.

Tosca





















Ato I

A Igreja de Sant'Andrea della Valle, em Roma

Angelotti acaba de fugir do Castelo de Sant'Angelo. Aterrorizado e ofegante, ele entra na igreja, aparentemente vazia. Sua irmã, a Marquesa Attavanti, está colaborando na sua fuga. Ela entrou na igreja alguns dias antes e, fingindo que rezava, escondeu uma chave aos pés da Madona; é a chave da capela dos Attavanti. Ele recolhe a chave rapidamente, entra na capela, e se esconde. Na igreja há uma grande pintura coberta com um pano, e diversos apetrechos de pintor. Um sacristão entra cantarolando. Sinos badalam, é a hora do Angelus, ele se ajoelha e reza. Chega Cavaradossi, o artista revolucionário esquerdista e voltairiano (adepto de Voltaire), e descobre o quadro no qual está trabalhando: é um retrato de Maria Madalena. O pintor canta enquanto trabalha, e o que ele canta é um hino de amor à arte, à vida, e à sua amante, Floria Tosca, uma cantora de ópera (Recondita armonia). O sacristão se apercebe de que o rosto da mulher que Cavaradossi está pintando é o mesmo de uma dama que veio à igreja rezar no dia anterior. Tendo trazido um cesto com comida e vinho, pergunta ao pintor se ele vai querer comer; ele responde que não está com fome, e despede o sacristão. Angelotti sai da capela e Cavaradossi reconhece seu amigo; os dois partilham os mesmos ideais revolucionários. A conversa dos dois é interrompida pela chegada de Tosca, que entra na igreja gritando "Mario! Mario!" Cararadossi dá o cesto de comida ao amigo e pede a ele que se esconda de novo, por precaução. Tosca pergunta com quem ele estava falando. "Contigo," diz o pintor. Tosca olha para o quadro e reconhece o modêlo. "É a Attavanti. Ela esteve aqui?" "Eu a vi ontem, mas foi por acaso," responde Mario. "Ela veio rezar e, sem que ela percebesse, pintei o seu retrato." Tosca olha para o retrato cheia de ciúmes. A Attavanti tem os olhos azuis, Tosca tem os olhos negros. "Pinta os olhos dela de negro," diz Tosca. Mario e Tosca cantam um ardente dueto de amor. Cavaradossi pede a ela que vá, porque ele precisa trabalhar. Ainda desconfiada, ela diz: "Mas pinta os olhos dela de negro!" e parte. Angelotti sai do esconderijo, e Cavaradossi lhe diz que a Tosca é bondosa, mas como ela não esconde nada do seu confessor, ele preferiu não contar nada a ela por enquanto, e pergunta a Angelotti qual é o seu plano. Este responde que sua irmã escondeu roupas de mulher para ele sob o altar; assim que escurecer ele as vestirá e fugirá. Cavaradossi oferece a Angelotti esconderijo em sua própria casa. Neste instante, ouve-se um tiro de canhão, vindo do Castelo de Sant'Angelo: a fuga de Angelotti foi descoberta. Angelotti pega as roupas de mulher, ele e Cavaradossi saem da igreja rapidamente; mas Angelotti deixa cair um leque. O sacristão entra na igreja com um bando de padres, coroinhas e membros do coro, fazendo algazarra e em grande alegria: parece que Napoleão foi derrotado. Vai haver uma grande festa esta noite, com fogos de artifício e uma cantata no Palazzo Farnese com Floria Tosca. Chega Scarpia, acompanhado de Spoletta e vários policiais. Interroga o sacristão: "Um prisioneiro de estado acaba de fugir do Castelo de Sant'Angelo. Está escondido aqui?" Neste instante, Tosca entra na igreja para avisar Cavaradossi que não poderá estar com ele esta noite devido ao espetáculo no Palazzo Farnese. Enquanto seus homens revistam a igreja, Scarpia dirige-se a Tosca. "Permita-me cumprimentá-la, madame, eu sou seu admirador," diz ele, beijando a mão da famosa diva. "Admiro suas virtudes. São raras as cantoras de ópera que vêm à igreja rezar. Pelo menos a Senhora não faz como certas damas, que entram na igreja para namorar pintores," diz ele, apontando para o retrato da Attavanti. "O que está dizendo?" indaga Tosca, atônita. "Tem provas?" "Por acaso isto é apetrecho de pintor?" diz Scarpia, mostrando a ela o leque com a insígnia da Marquesa Attavanti que encontrou no chão. Num instante, Tosca imagina a cena toda: Mario e a Attavanti se beijando, ela entra na igreja, a Attavanti foge, deixando cair o leque. Corroída de ciúmes, ela sai rapidamente da igreja, que começa a se encher de fiéis, bispos, padres, e um cardeal, para ouvirem um Te Deum que será cantado para celebrar a vitória contra Napoleão. Scarpia ordena a seus homens que a sigam.


Ato II

Palazzo Farnese

Um espaçoso salão no terceiro piso do Palazzo Farnese. Vê-se uma ampla mesa recoberta de candelabros, vinhos, e iguarias finas. No primeiro e no segundo pisos do mesmo palácio a rainha Maria Carolina dá uma festa em honra de Melàs, o general que derrotou Napoleão. Ouve-se o som de gavotas vindas do andar de baixo, Tosca ainda não chegou para a cantata. Enquanto saboreia um vinho e prova umas iguarias, Scarpia medita. Seu objetivo é duplo: político e sexual. Cavaradossi e Angelotti, ele quer executá-los; Tosca, ele a quer possuir. Entra Sciarrone; Scarpia escreve rapidamente um bilhete, e diz a ele que o entregue a Tosca assim que ela chegar. Então ele canta um monólogo musical tão impressionante como o de Iago no segundo ato do Otello de Verdi, no qual ele joga luz sobre sua personalidade, mostrando claramente que tipo de pessoa ele é. Chega Spoletta, trazendo uma má notícia e uma boa. Revistaram toda a casa de Cavaradossi e não conseguiram encontrar Angelotti. Encontraram Cavaradossi, contudo, e ele é trazido para ser interrogado por Scarpia, ao mesmo tempo em que se ouve a voz da Tosca e do coro cantando a cantata no andar de baixo. Scarpia interroga Cavaradossi: ele quer saber onde está Angelotti. O que se segue então é musicalmente interessante, quando o som da cantata que vem do andar de baixo se mistura às linhas melódicas das vozes de Scarpia, de Spoletta, e de Cavaradossi, um exemplo engenhoso e bastante peculiar de polifonia. Scarpia, furioso, fecha a janela violentamente, interrompendo o som da cantata, e pergunta onde está Angelotti. Cavaradossi insiste que não sabe. Scarpia diz que uma pronta confissão evitará maiores sofrimentos. Tosca entra e, ao ver Mario, corre para abraçá-lo; Mario pede a ela que não diga nada do que sabe. Scarpia ordena que Mario seja torturado. Os gritos lancinantes do amante vindos da outra sala vão minando pouco a pouco a resistência de Tosca, que não aguenta mais e acaba revelando o lugar onde está escondido Angelotti. Mario desmaia. Seu corpo inerte e ensanguentado é trazido para a sala e posto no divã. Tosca o abraça e beija; ele volta a si. Sciarrone entra e anuncia: Napoleão é vitorioso na batalha de Marengo; a notícia anterior (da derrota) era falsa. Cavaradossi grita: Vittoria! Vittoria! Canta a plenos pulmões um pequeno hino de alegria e louvor à vitória de Napoleão: L'alba vindice appar che fa gli empi tremar! Scarpia declara que ele é um homem morto. Mario é arrastado para fora, e Scarpia fica a sós com Tosca. Oferece-lhe um gole de vinho e diz a ela que se acalme e não fique tão assustada. "Vamos buscar juntos um jeito de salvá-lo," diz. "Você me pede uma vida. Eu só lhe peço um instante." Tenta agarrá-la, beijá-la; Tosca o repele com violência: "você me causa nojo." Scarpia ri. Ouve-se rufar de tambores, "estão preparando o patíbulo para o seu amante," diz Scarpia. Caída no chão, ela canta Vissi d'arte, vissi d'amore (Eu vivi para a arte, eu vivi para o amor). Podemos comparar esta ária com o lamento de Jó ou de algum salmista da Bíblia, quando se sente injustamente maltratado. Batem à porta: é Spoletta, que traz a notícia de que Angelotti se suicidou assim que os guardas de Scarpia o encontraram. Anuncia que tudo está pronto para a execução de Mario, aguardam apenas a ordem de Scarpia. Este olha para Tosca e pergunta: "E então?" Ela responde que sim, está pronta a ceder aos desejos do infame animal, desde que liberem Mario imediatamente. Scarpia responde que não pode fazer graça abertamente, tem que haver uma execução simulada. Dá a ordem a Spoletta na frente de Tosca: execução à la Palmieri. "Sim, senhor, à la Palmieri," diz Spoletta, e se retira. A mensagem em código é esta: ao conde Palmieri também foi prometida uma execução simulada, e ele acabou sendo fuzilado do mesmo jeito. Tosca não percebe que foi enganada. Sozinha com Scarpia, ela pede a ele um salvo-conduto que ela e Mario possam escapar do país. Scarpia senta-se para escrevê-lo. Enquanto ele escreve, ela se aproxima da mesa, prova um gole de vinho, umas uvas, e vislumbra uma faca afiada e pontiaguda, usada para cortar um peru. Olhando fixamente para Scarpia, que está ocupado escrevendo, ela pega a faca e a esconde atrás de si. "Está pronto," diz Scarpia; mas ao tentar se levantar da cadeira, recebe uma facada nas costas, duas, três... Tenta gritar, mas o sangue lhe invade a garganta e o afoga. Ti soffoca il sangue? Ti soffoca il sangue? Ela golpeia com vontade, parecendo possuída pelo próprio sadismo do vilão. Morre, danado! Quando percebe que já está golpeando um cadáver, ela diz: Or gli perdono, ao mesmo tempo que a orquestra toca um tema em forte em fá sustenido menor, o leitmotiv do destino de Tosca. E avanti a lui tremava tutta Roma, e diante dele toda Roma tremia. Ela acende duas velas, põe uma de cada lado do cadáver, põe um crucifixo no peito do mesmo, pega o papel que está sobre a mesa, e se retira de cena.

Ato III

Castelo de Sant'Angelo

O dia amanhece em Roma. Do terraço do Castelo de Sant'Angelo vislumbra-se à luz cinzenta e vermelho-escura da manhã o Vaticano e a Basílica de São Pedro. A hora da execução se aproxima. Um carcereiro chega à cela de Cavaradossi e pergunta se ele quer ver um padre. O revolucionário esquerdista voltairiano responde que não. Ele tem, contudo, um último desejo: quer deixar uma última mensagem para uma pessoa amada. Em troca, oferece ao carcereiro seu anel, única coisa que lhe resta. Chegou a hora de E lucevan le stelle, hora em que as palavras perdem o seu poder de expressão. Suas últimas imagens do mundo, seus momentos felizes ao lado de Tosca. Tosca chega correndo com um papel na mão, acompanhada de um sargento que abre a porta da cela. Abraçam-se, beijam-se, o dueto de amor que se segue é cheio de alegria. Ela conta como deu morte a Scarpia. O dolci mani, ó doces mãozinhas, capazes de matar. Tosca lhe explica, contudo, que ele deve passar por um último ritual antes de escapar daquele inferno: a execução simulada. Sendo, como é, uma artista de teatro, ela sabe todos os truques cênicos, inclusive como cair sem se machucar. Instrui a ele para que não se levante enquanto ela não chamar. O carcereiro chega com os guardas e dizem a ele que está na hora. "Estou pronto," diz Mario. Os preparativos parecem levar uma eternidade, o nervosismo se apossa de Tosca; este é o último ato, a última coisa a fazer antes que possam escapar desse inferno. Mario é posto contra a parede. Atiram, ele cai. Vista de longe, a cena parece perfeita. "Como é lindo o meu Mario," ela exclama. "Que artista!" Os guardas vão embora, e ela se aproxima de Mario. Ao ver que ele está morto, solta um grito. O assassinato de Scarpia foi descoberto, correm atrás dela. Montada no parapeito do terraço, ela exclama: "Perante Deus, Scarpia!" e salta para a morte.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

La Traviata

A Ópera La Traviata conta em 3 atos a história do romance proibido entre Violetta Valéry e Alfredo Germont na romântica França, baseada no romance A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Pérolas do Vestibular de Música

1. Bach está morto desde 1750 até os dias de hoje.

2. Haendel era meio alemão, meio italiano e meio inglês.

3. A harpa é um piano pelado.

4. Beethoven ficou surdo porque fez música muito alta. Ele faliu em 1827 e mais tarde morreu por causa disto.

5. Uma ópera é uma canção que dura mais de 2 horas.

6. Henry Purcell é um compositor muito conhecido, mas até hoje ninguém ouviu falar dele.

7. O bolero de Ravel foi composto por Ravel.

8. Opus Póstuma é música composta quando o compositor compôs depois de morto.

9. Mozart morreu jovem. Sua maior obra é a trilha do filme Amadeus.

10. A importância de Tristão e Isolda reside no fato de que é uma música muito triste. Mais triste que a Tristesse de Chopin.

11. Virtuoso no piano é um músico com muita moral.

12. Os maiores compositores do Romantismo são Chopin, Schubert e Tchaikowsky. No Brasil, temos Roberto Carlos e Daniel.

13. Música cantada por duas pessoas é um "DUELO".

14. Eu sei o que é um sexteto, mas não sei dizer.

15. Carmen é uma ópera e "Carminha" Burana é sua filha.

16. Muitos pesquisadores concordam que a música medieval foi escrita no passado.

17. A ópera mais romântica é a paixão de Mateus por Bach.

18. Meu compositor preferido é Opus.

19. Chopin fez poucas baladas, pois sofria de tuberculose. Assim não dava para ele cair na gandaia à noite, dançar e beber e curtir as minas, mas parece que ele não era chegado.

20. Há uma espécie de corais feitos por Bach, que se chamam Florais e são usados como remédios milagrosos.

21. Messias é uma missa de Haendel cuja originalidade é ter muitas aleluias.

22. Os menestréis e trovadores transmitiam notícias e estavam nas festas. Andavam de cidade em cidade, de castelo e castelo e iam até nos shows de TV.

23. O regente de uma orquestra é igual a um guarda de trânsito maluco porque agita os braços controlando muitos instrumentos na sua frente.

24. Os compositores renascentistas reviveram a música, pois ela havia sido morta pela inquisição.

25. As Fugas de Bach são famosas porque ele não queria ficar preso em nenhum sistema.

26. Haendel compôs muitas peças geniais para "COURO".

27. Música atonal é aquela sem som ou que explorou o não-som, mais ou menos quase um anti-som.

28. Stravinsky revolucionou o ritmo com 'A MASSACRAÇÃO da Primavera'.

29. Suíte é uma música de danceterias barrocas.

30. Agnus Dei é uma famosa compositora que escreveu música para igreja.

31. O metrônomo foi inventado para os músicos não andarem depressa.

32. A mais bela sinfonia é a ÓDIO ÀLEGRIA de Beethoven.

33. As 4 Estações' é o CD mais vendido da banda do Vivaldi , depois que fez sucesso num comercial de sabonete, que não me lembro o nome agora.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

"Que música belíssima ouço no profundo de mim. É feita de traços geométricos se entrecruzando no ar. É música de câmara. Música de câmara é sem melodia. É modo de expressar o silêncio."
Clarice Lispector.


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Violoncelo



















Chorai arcadas
Do violoncelo!
Convulsionadas,
Pontes aladas
De pesadelo...
De que esvoaçam,
Brancos, os arcos...
Por baixo passam,
Se despedaçam,
No rio, os barcos.
Fundas, soluçam
Caudais de choro...
Que ruínas, (ouçam)!
Se se debruçam,
Que sorvedouro!...
Trêmulos astros,
Soidões lacustres...
_ Lemes e mastros...
E os alabastros

Dos balaústres!
Urnas quebradas!
Blocos de gelo...
_ Chorai arcadas,
Despedaçadas,
Do violoncelo.

Camilo Pessanha, in 'Clepsidra'

sábado, 8 de agosto de 2009

"O Pássaro de Fogo"


























No jardim do mago Katschei havia muitas árvores, que durante todo o ano davam frutos encantados; maravilhosas maçãs de ouro.nesse mesmo jardim viviam também algumas prisioneiras. Eram belíssimas jovens raptadas e enfeitiçadas pelo mago, que as mantinha ali para preencher o seu feudo com juventude e beleza.

Num lindo dia de sol o príncipe Ivan, que passeava pelos arredores, entra sem perceber no jardim e tem uma visão extraordinária. Atraído pelas maçãs mágicas, um Pássaro de Fogo voa passando bem próximo dele. Ivan consegue segurar o belo pássaro de plumas de ouro, avermelhado e brilhante. Assustado, temendo se tornar prisioneiro, este implora por sua liberdade e, em troca, oferece uma de suas plumas. Elas tinham o poder de proteger contra os feitiços do poderoso mago do jardim.

Impressionado com toda aventura, Ivan permanece algum tempo por perto da propriedade encantada. Durante a noite, vê as princesas prisioneiras saírem do castelo de Katschei. Até o dia começar a nascer elas tinham liberdade para brincadeiras e jogos no jardim com os frutos de ouro.

O rapaz é visto pela mais bonita das moças que timidamente se aproxima e conta sua história. Ela também lhe avisa que o grande mago costuma pender os viajantes e andarilhos transformando-os em pedras. E faz isso porque teme que se espalhe o segredo da sua magia. Ivan se apaixona por ela, quer saber mais sobre a sua vida e sobre suas amigas, mas logo tem de deixá-la voltar, pois o dia amanhece. Além disso, eles já estavam sob ameaça de castigo porque as prisioneiras eram proibidas de falar com estranhos. Inconformado, Ivan quer segui-la, mas a moça implora para que não faça, dizendo ser muito perigoso desobedecer ao mago dentro do seu reino.

Ivan fica muito triste e finge aceitar o pedido da bela jovem. No entanto, corajosamente a segue pelo jardim, até que de repente, as sinetas de alarme soam e um pequeno exército de monstros aparece. A guarda do mago ataca o príncipe e o prende. Depois, leva-o à presença de Katschei que, furioso, lança sobre ele os seus feitiços.

Recordando-se da pluma encantada que havia ganhado do Pássaro de fogo, apanha-a rapidamente. Segurando-a firme nas mãos, ele agita a pluma encantada na frente do rosto do poderoso senhor. Nesse instante reaparece o pássaro Encantado, como que chamado pelo príncipe para que viesse em seu socorro e obriga Katschei e seus monstros a dança até caírem exaustos.

O pássaro de Fogo conta a Ivan que conhece o antigo e grande segredo do mago: a imortalidade da sua alma estaria trancada num grande ovo. Assim fazendo ordena-lhe que procure o ovo que se apodere dele. O príncipe consegue encontrá-lo e ainda seguindo as ordens do pássaro, quebra o ovo. No mesmo instante o mago morre, o castelo desaparece e as princesas ficam livres novamente.

A bela princesa se reencontra com o jovem Ivan e eles prometem amar-se para sempre, enquanto o Pássaro de fogo desaparece entre as árvores do jardim. Uma grande festa no novo reino é oferecida para os jovens e para os mais velhos, em honra do amor e da liberdade.



"O Pássaro de Fogo" foi criado em 1910. É um belo poema sinfônico composto por Igor Fiodorovitch Stravinsky.


Igor Stravinsky
























Compositor russo, Igor Fiodorovitch Stravinsky nasceu a 17 de Junho de 1882, em Oranienbaum, na Rússia, e morreu a 6 de Abril de 1971, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América. O seu trabalho teve um enorme impacto revolucionário na sensibilidade musical, antes e depois da Primeira Guerra Mundial. Formou-se em Direito em 1905, embora se dedicasse ao piano desde os oito anos. Teve como mestre Rimski-Korsakov e, desde muito cedo, compôs as músicas para os bailados de Diaghilev.
As conquistas da obra de Stravinsky deram-se no campo do ritmo, da harmonia e da orquestração. Nesse sentido, rejeitou sempre a ideia germânica de que o desenvolvimento temático apenas se baseia na escrita séria. Essa característica acabou por influenciar vários compositores deste século, como Falla, Prokofiev, Hindemith e Honegger. As suas composições permanecem como um critério de modernismo.

domingo, 28 de junho de 2009


Encontra-se sempre, aqui e ali, algum semi-deus que consegue viver em condições terríveis, e viver vencedor! Quereis ouvir os seus cantos solitários? Escutai a música de Beethoven.
Nietzsche

terça-feira, 23 de junho de 2009

Franz Peter Schubert

Franz Schubert
por Wilhelm August Rieder, 1875


Schubert (Himmelpfortgrund, perto de Viena, 31 de Janeiro de 1797 - Viena, 19 de Novembro de 1828), foi um compositor austríaco do fim da Era clássica com um estilo marcante, inovador e poético do romanticismo. Escreveu cerca de seiscentas canções (o "Lied" alemão), bem como óperas, sinfonias, incluindo ("Sinfonia Incompleta") sonatas entre outros trabalhos. Não houve grande reconhecimento público da sua obra durante sua curta vida; teve sempre dificuldade em assegurar um emprego permanente, vivendo muitas vezes à custa de amigos e do trabalho que o pai lhe dava. Morreu sem quaisquer recursos financeiros com a idade de 31 anos. Hoje, o seu estilo considerado por muitos como imaginativo, lírico e melódico, fá-lo ser considerado um dos maiores compositores do século XIX, marcando a passagem do estilo clássico para o romântico. Podemos defini-lo como "mais um artista incompreendido pelos seus contemporâneos".

Franz Peter Schubert escreveu cerca de 600 canções, além de óperas, sinfonias e sonatas, entre outros trabalhos. É considerado um dos maiores compositores do século 19, marcando a passagem do estilo clássico para o estilo romântico.


a casa onde Schubert nasceu

domingo, 21 de junho de 2009

Turandot


















TURANDOT narra a história do príncipe Calaf, da princesa Turandot (filha do imperador) e de Liu (escrava). A princesa, por vingança de estrangeiros terem matado uma de suas ancestrais, não quer saber de se apaixonar e propõe que aquele que desejar desposá-la deverá responder a três enigmas.
Quem não conseguir será morto e a sua cabeça ficará exposta sobre a muralha.

Personagens

Altum, imperador da China

Princesa Turandot, filha de Altum

Timur, rei exilado dos tártaros

Liù, escrava de Timur

Calaf, filho de Timur

Ping, Grande Chanceler

Pang
, Ministro da Dispensa

Pong Cozinheiro Chefe

Pu-Tin-Pao, carrasco


Um Mandarim

Turandot




















Turandot, última ópera de Giacomo Puccini, com libreto de Giuseppe Adami e Renato Simoni, composta em três atos, baseado numa peça de Carlo Gozzi com a adptação de Friedrich von Schiller. Estreou no Teatro Alla Scala em Milão a 25 de abril de 1926, sob a regência de Arturo Toscanini. Esta ópera ficou inacaba por causa da morte do autor à 29 de novembro de 1924, sendo completada por Franco Alfano. Arturo Toscanini não gostou do final que Franco Alfano deu a ópera de Puccini, por isso que na cena de morte de Liù, virou-se para a platéia e disse: "Senhoras e Senhores, aqui parou Giacomo Puccini".

Antonius Stradivarius


Antonius Stradivarius ou, em italiano, Antonio Giacomo Stradivari(Cremona, 1648 — Cremona, 18 de Dezembro de 1737) foi um célebre luthier italiano. Ainda muito jovem foi discípulo de Niccolò Amati, com quem aprendeu e desenvolveu a arte inconfundível de fazer instrumentos de cordas, como violinos, violas e violoncelos, contra-baixos, violões e harpas.

O período áureo de sua carreira foi entre 1700 e 1722, quando lançou a forma G e construiu seus violinos mais famosos, como o "Bets", em 1705, o "Cremonese", em 1715, o "Messiah" e o "Medici", ambos em 1716. Muitas das técnicas utilizadas por ele ainda não foram completamente desvendadas. Sabe-se que as madeiras usadas eram o acero e o abeto, este para o tampo harmónico e partes internas e aquele para o fundo, faixa e braço. A madeira era tratada com diversos tipos de minerais, borato de potássio, silicato de sódio e de silicato de potássio, verniz de bianca (um composto de goma arábica, mel e clara de ovo), além de Stradivari selecionar madeiras mais antigas e ressecadas.

Os violinos Stradivarius Cremonesi





















Os violinos Stradivarius Cremonesi são os mais valiosos do mundo.
Foram feitos apenas 250 pelo mestre Antonio Stradivarius (1643-1737).
Um Stradivarius de 1720 foi arrematado em 1990 por 1,8 milhões de doláres. Este violino tem um som quase singular, os cientistas acham que a madeira do violino passou por uma reação química de alguma substância que Stradivarius passava nos violinos para limpá-los, tapando os poros da madeira, deixando o som com qualidade superior ao dos outros violinos.

Finlândia



Finlândia ,composta por Jean Sibelius faz parte da trilha sonora do filme "Duro de matar 2" .



Sibelius morreu em 20 de setembro de 1957 em Ainola, onde está enterrado num jardim.



















«Não preste atenção ao que os críticos dizem. Nunca nenhum prêmio foi dado a um crítico.»

(Jean Sibelius)

Finlândia


"Finlândia", poema sinfônico de Jean Sibelius (1865-1957), é considerado o segundo hino nacional daquele país. Sibelius descreve momentos heróicos de seu país, e esta peça foi incorporada ao repertório das maiores orquestras do mundo.

Jean Sibelius


Jean Sibelius (8 de dezembro de 1865 – 20 de setembro de 1957) foi um compositor finlandês de música erudita, e um dos mais populares compositores do final do Século XIX e início do Século XX. Sua genialidade musical também teve importante papel na formação da identidade nacional finlandesa.

Sibelius nasceu numa família que falava sueco e residia na cidade de Hämeenlinna, no Grão-Ducado da Finlândia, então pertencente ao Império Russo. Seu nome de batismo é Johan Julius Christian Sibelius e ele era conhecido como Janne por sua família, mas durante seus anos de estudo ele teve a idéia de usar a forma francesa de seu nome, Jean, após ver uma pilha de cartões postais de seu tio Johan, o irmão mais velho de seu pai, o Dr. Christian Gustaf Sibelius, que era médico na guarnição militar de Hämenlinna. O nome Johan lhe fora dado em homenagem a esse tio, que era capitão de navio e tinha morrido em Havana, em 1863. O prenome Jean era usado por ele quando estava no exterior.


A principal parte da música de Sibelius é sua coleção de sete sinfonias. Como Beethoven, Sibelius usou cada uma delas para trabalhar uma idéia musical e/ou desenvolver seu próprio estilo. Suas sinfonias continuam populares em gravações e salas de concerto.

Dentre as composições mais famosas de Sibelius, destacam-se: Concerto para Violino e Orquestra em ré menor (obra de grande expressão,melodiosidade profunda e virtuosismo,que goza de grande popularidade entre os violinistas e o público,tornando-se em um dos concertos para violino mais executados nas salas de concerto), Finlandia, Valsa Triste (o primeiro movimento da suíte Kuolema), Karelia Suite e O Cisne de Tuonela (um dos quatro movimentos da Lemminkäinen Suite). Outros trabalhos incluem peças inspiradas no poema épico Kalevala, cerca de 100 canções para piano e voz, música incidental para 13 peças, uma ópera (Jungfrun i tornet, A Senhora na Torre), música de câmara, peças para piano, 21 publicações separadas para coral e músicas para rituais maçônicos. Até meados de 1926 foi prolífico; entretanto, apesar de ter vivido mais de 90 anos, ele quase não completou composições nos últimos 30 anos de sua vida, após sua Sétima Sinfonia em 1924 e o poema musicado Tapiola em 1926.

Manon Lescaut


Ato I

Um pequeno hotel à beira da estrada em Amiens, na França.

À porta da hospedaria há um belo jardim com mesas ao ar livre, onde os viajantes bebem cerveja, jogam cartas, conversam. Edmondo, um jovem estudante, recita uns versinhos burlescos e picantes para umas jovens donzelas, quando chega seu amigo Des Grieux, que parece um pouco sério e preocupado. Edmondo lhe pergunta se ele está apaixonado. Des Grieux responde ao amigo que o amor é uma espécie de comédia ou tragédia na qual ele não está nem um pouco interessado.

Chega um coche de Arras, do qual descem vários passageiros, entre os quais uma jovem de rara beleza, que imediatamente chama a atenção de Des Grieux; junto com ela estão seu irmão, Lescaut, sargento da guarda real, e um senhor que eles conheceram durante a viagem, chamado Geronte. O jovem e o velho entram na hospedaria e conversam com o dono; enquanto isso, a jovem senta-se sozinha num dos bancos do jardim, com uma pequena bagagem de mão e um olhar triste mas doce. Des Grieux não resiste à tentação, aproxima-se da jovem e pergunta como ela se chama. "Chamo-me Manon Lescaut," diz ela, e explica que vai dormir naquele hotel só por uma noite, e partirá na manhã seguinte para um convento. É desejo do pai que ela seja uma freira. A curta conversa dos dois, contudo, mostra claramente que este não é o desejo da jovem. Ouve-se a voz do irmão chamando Manon de dentro da hospedaria. "Ver-nos-emos mais tarde?" pergunta Des Grieux. Ela responde que sim. "Eu nunca vi uma mulher como esta," exclama ele numa ária, Donna non vidi mai simile a questa que exprime a paixão por Manon que acaba de despertar nele.

Des Grieux concebe um plano: raptar Manon e levá-la para Paris. Só que o velho lúbrico, Geronte, teve a mesma idéia. Lá dentro da hospedaria, ele oferece uma boa soma em dinheiro ao dono da mesma para que prepare uma carruagem dentro de uma hora, pronta a partir voando para Paris. Edmondo, que entreouviu a conversa de Geronte com o dono da hospedaria, vem correndo avisar Des Grieux. Chega Manon, como prometeu, e Des Grieux e Edmondo contam a ela que o velho pretende raptá-la. Des Grieux convence Manon a fugir com ele. Eles fogem na mesma carruagem que Geronte havia ordenado. Quando Geronte percebe que lhe passaram a perna, fica enfurecido, mas Lescaut o consola. Afinal, diz ele, bolsa de estudante logo fica vazia. Os dois seguem para Paris.

Ato II
O palacete de Geronte em Paris

Assim como Lescaut previra, o caso de amor entre Manon e Des Grieux não durou muito tempo. Assim que as condições materiais de subsistência do jovem casal desceram ao nível do proletariado, não foi difícil convencê-la a instalar-se na mansão do velho indecente. Nós a vemos cercada de luxo, com cabeleireiros, costureiros, peruqueiros, e um batalhão de criados satisfazendo seus mais ínfimos caprichos - chegou a hora dos minuetos e pó-de-arroz, dos quais Puccini havia acusado Massenet - talvez inescapáveis, em se tratando da Manon. Chega seu irmão Lescaut. Numa ária, In quelle trine morbide, ela exprime seu enfado com aquela vida vazia. Lescaut conta que seu amigo Des Grieux não para de importuná-lo: onde está Manon? Onde vive? Com quem fugiu? Lescaut vai buscar Des Grieux, que entra pela janela. Nem é necessário dizer que, quando eles estão no auge dos amassos amorosos, Geronte entra no quarto, arregala os olhos, abre bem a boca, põe a mão na cara num gesto de estupefação, e se retira do quarto. Manon e Des Grieux pretendem fugir; Manon enche a bolsa de jóias roubadas que ela pretende levar consigo. Geronte chamou a polícia; a casa está cercada. Policiais entram no quarto. A bolsa cai da mão de Manon e se espatifa no chão, esparramando todas as jóias. Manon é presa.

Ato III
O porto francês de Le Havre

Manon é processada por prostituição, e agora deve enfrentar o destino de todas as prostitutas: deportação para a América. O comandante do navio vai lendo uma por uma os nomes de todas as prostitutas "convidadas" a subir a bordo do navio para a deportação: Rosetta... Madelon... Claretta... Ninon... Violetta... Manon! Ao ouvir o nome de sua bem-amada, Des Grieux cai aos pés do comandante do navio e, chorando, canta para ele uma ária de tenor, suplicando a ele que o deixe embarcar como descascador de batatas. "Vai, meu rapaz! Vai povoar a América" diz o comandante.


Ato IV
Um deserto na Luisiana, perto de Nova Orleans

Numa região constantemente devastada por furacões e inundações, Manon e Des Grieux fogem de Nova Orleans, em busca de água e comida. Eles cantam um longo dueto de amor. Des Grieux se afasta um pouco para ver se avista alguma caravana ou algo parecido. É então que Manon canta sua famosa ária, Sola, perduta, abbandonata, um verdadeiro teste para as habilidades dramáticas e musicais das melhores sopranos. Parece que o pior pesadêlo de Manon se tornou realidade: ela vai morrer sozinha, abandonada por todos. Des Grieux retorna, e Manon morre feliz nos braços dele. A cortina cai.

Com o passar dos anos, Puccini comporia outras obras musicais que caíram mais no gosto do público. No entanto, Manon Lescaut foi, provavelmente, a ópera que projetou Puccini à fama e a partir daí muitos italianos o consideravam um sucessor de Verdi. É uma partitura extremamente rica e complexa. Este último ato, por exemplo, não tem atrativo cênico nenhum. O cenário é um deserto, não há nenhuma movimentação ou elemento visual atraente. A atração está toda na música de Puccini.

Manon Lescaut




















Ópera em quatro atos de Giacomo Puccini, baseada na novela do Abade Prévost, L'Histoire du Chevalier des Grieux et de Manon Lescaut.


Personagens


Manon Lescaut

Sargento Lescaut (irmão de Manon)

O Cavalheiro des Grieux (amante de Manon)

Geronte de Ravoir (Tesoureiro Real, outro amante de Manon)

Edmondo (um estudante, amigo de Des Grieux)
Um hoteleiro

Uma cantora

Um professor de Dança

Um acendedor de lampiões

Sargento da Artilharia Real

O Comandante do Navio

Obras de Dvořák






















As sinfonias de Dvořák seguem mais ou menos um mesmo padrão formal: O primeiro movimento possui 3 temas: o primeiro é livre, o segundo é uma repetição do primeiro tema com algumas variações instrumentais ou melódicas e o terceiro tema contém certas características dos outros dois anteriores porém mantendo-se ligeiramente independente.

O segundo movimento geralmente é um adagio, com pontos fortes na bela melodia.

O terceiro movimento é uma dança ou fuga no estilo Beethoveniano.

O quarto movimento é livre com variações temáticas durante o decorrer.

As nove sinfonias são bastante melodiosas, tem um colorido instrumental único e exigem grandes orquestras. São obras primas do conjunto sinfonico romântico do sec. XIX.

Elas mantém um certo conservadorismo, não se nota mudanças formais entre uma obra e outra (diferente de Beethoven, que reinventava a sinfonia em cada criação). Dvořák não foi um inovador, mas sim um grande idealizador da idéia musical, ele sabia como criar horas de música melódica e cativante.



Sinfonias

* Symphony No. 1 in C minor
* Symphony No. 2 in B flat major, Op. 4
* Symphony No. 3 in E flat major, Op. 10
* Symphony No. 4 in D minor, Op. 13
* Symphony No. 5 in F major, Op. 76
* Symphony No. 6 in D major, Op. 60
* Symphony No. 7 in D minor of 1885, Op. 70
* Symphony No. 8 in G major, Op. 88
* Symphony No. 9 in E minor, Op. 95
(Do Novo Mundo) (1893)

Óperas

* Alfred (unpublished), 1870
* King and Charcoal Burner (Král a uhlíř), 1871, recomposed 1874, revised 1887, Op.14
* The Stubborn Lovers (Tvrdé palice), 1874, Op.17
* Vanda, 1875, revised 1879 and 1883, Op.25
* The Cunning Peasant (Šelma sedlák), 1877, Op.35
* Dimitrij, 1881/1882, revised 1883, 1885, 1894/1895, Op.64
* The Jacobin, 1887/1888, revised 1897, Op.84
* The Devil and Kate (Čert a Káča), 1898/1889, Op.112
* Rusalka, 1900, Op.114
* Armida, 1902/1903, Op.115

Antonín Leopold Dvorák


























Dvorák nasceu em Nelahozeves, localidade tcheca, em 8 de setembro de 1841. Morreu em Praga em 1 de maio de 1904.
Usou, encantadoramente, o folclore musical tcheco, embora não tenha usado melodias folclóricas existentes. Inventou seus temas.
Foi discípulo de Schumann e Brahms, mas seu amor secreto foi a música de Schubert.
Trabalhou com todas as formas e sua música tem um frescor espontâneo que às vezes oculta o talento da sua construção.
Foi um compositor do Romantismo do Império Austríaco, actual República Checa.

A obra de Dvořák constitui uma síntese do pós-romantismo alemão de Brahms e da tradição folclórica eslava.

Na relação de suas obras encontram-se 9 sinfonias, com destaques para as de numero 1, 2, 7 e 9, um concerto para piano, um concerto para violino, poemas sinfonicos ("O espirito das águas", "Meu Lar", "Waldesruhe"), aberturas ("Othello", "Na natureza", "Trágica"), danças sinfônicas, o famoso concerto para violoncelo, suites ("Tcheca","Americana") e as danças tchecas.

As composições de Dvořák tem estilos muito próprios, com grande riqueza melódica e colorido orquestral.



As artes são o mais seguro meio de se esconder do mundo e são também o meio mais seguro de se unir a ele.

Franz Liszt (n. Raiding 1811; m. Bayreuth 1886)
















"A música é capaz de reproduzir em sua forma real, a dor que dilacera a alma e o sorriso que inebria"

Ludwig van Beethoven (1770-1827)

,Madame Butterfly


Ato I


Benjamin Franklin Pinkerton, oficial da marinha dos Estados Unidos em Nagasaki, acaba de fazer um excelente negócio: comprou não somente uma casa na colina, com vista para o mar e o porto de Nagasaki, mas também leva de brinde uma gueixa, Cio-Cio-San, garota de apenas quinze anos de idade, que irá morar com ele na casa. Goro, o agente imobiliário e matrimonial, mostra a Pinkerton sua nova casa, quando chegam Suzuki, sua nova serva, aia de Butterfly, e Sharpless, cônsul dos Estados Unidos em Nagasaki. Pinkerton oferece um uísque ao amigo, e explica a ele o negócio que acaba de fazer. Sharpless o adverte, porém, de que seria um grande pecado machucar os sentimentos da garota, que parece acreditar na seriedade desse casamento e está perdidamente apaixonada por ele. Pinkerton, numa atitude discriminatória e ignorante, ergue um brinde ao dia em que se casará de verdade com uma esposa americana.

Chega Butterfly com suas amigas, que cantam um hino à beleza da paisagem e à ternura das garotas do Japão, enquanto Cio-Cio-San canta seu amor por Pinkerton. Chegam convidados, os parentes todos de Butterfly, com exceção do tio, um monge budista que se opõe a esse casamento. Butterfly, porém, confessa que visitou a missão americana em Nagasaki e se converteu à religião de Pinkerton - prova da sinceridade dos seus sentimentos. A cerimônia de casamento de Butterfly e Pinkerton é interrompida pela chegada do tio bonzo, que ficou sabendo que Butterfly havia renunciado à fé dos seus antepassados, e lança uma maldição contra ela. Butterfly chora, mas é consolada pelo marido. Os convidados se retiram, e Butterfly e Pinkerton estão finalmente a sós. A noite cai. Segue-se um dueto de amor entre ambos.


Ato II

Pinkerton regressou aos Estados Unidos; prometeu, porém, que voltaria "quando os pintarroxos fizerem os seus ninhos." Já se passaram três anos. Butterfly chora, e Suzuki reza o tempo inteiro, ajoelhada diante da imagem do Buda. Suzuki diz a Butterfly que suspeita que seu marido não voltará mais. "Cala a boca, ou te mato!", responde Butterfly. Ela chora, mas não perde a esperança: Un bel dì vedremo - um belo dia veremos um fio de fumaça no horizonte - o navio de Pinkerton!

Chega Sharpless, que traz uma carta de Pinkerton para Butterfly, cujo objetivo é prepará-la para o golpe que ela vai receber, ao saber que ele se casou com uma americana. Butterfly lhe pergunta quando fazem seus ninhos na América os pintarroxos. "Não sei," responde Sharpless, "nunca estudei ornitologia." Logo após chega Goro, trazendo um novo candidato à mão de Butterfly: o Príncipe Yamadori, homem rico e perdidamente apaixonado por Butterfly. Butterfly o repele com zombarias, reafirma que está casada com Pinkerton, e manda o príncipe e o insolente nakodo embora de sua casa.

Sharpless começa a ler a carta, mas não consegue terminar a leitura, porque Butterfly o interrompe o tempo todo com manifestações de carinho e fidelidade ao marido, e ele também não tem coragem de revelar-lhe a rude verdade. Num gesto brusco, ele fecha a carta, a põe de volta no bolso, e pergunta a ela o que ela faria se ele não voltasse. Voltaria a ser gueixa, responde Butterfly; ou, melhor ainda - "me mataria." Sharpless pede a ela que pare de alimentar ilusões e aceite a proposta do rico Yamadori. Sentindo-se ultrajada, Butterfly mostra a ele o filho que ela teve com Pinkerton, cuja existência tanto o cônsul como Pinkerton ignoravam. Sharpless promete escrever a Pinkerton para revelar a ele a existência desse seu filho, e se retira. Lá fora, Suzuki golpeia Goro, acusando-o de espalhar calúnias a respeito do filho de Butterfly, dizendo que ninguém sabe quem é o pai do garoto.

Ouve-se um tiro de canhão vindo do porto. Uma nave de guerra! Butterfly olha com seus binóculos e lê o nome do navio: é o Abraham Lincoln, o navio de Pinkerton. Suzuki e Butterfly decoram a casa com flores primaveris, para aguardar a chegada de Pinkerton (Scuoti quella fronda di ciliegio, o famoso Dueto das Flores). Sem poder dormir, Butterfly esperará a noite toda pelo marido.


Ato III

Butterfly, que não dormiu a noite inteira, canta uma cantiga de ninar para o filho, que adormece nos seus braços. Suzuki aconselha a ela que durma também; quando Pinkerton chegar, ela virá despertá-la. Exausta, ela por fim cai no sono. Falta pouco para amanhecer quando batem à porta; Suzuki vai atender, são Sharpless e Pinkerton. Pinkerton, ao ver todas as flores e ao ouvir de Suzuki como Butterfly o esperou todos esses anos, é tomado de um súbito remorso. De repente, Suzuki nota uma mulher no jardim, e pergunta quem é ela. Sharpless não aguenta mais essa farsa e conta-lhe toda a verdade. Suzuki leva as mãos ao rosto e diz: "Santas almas! Para a pequena, o sol se apagou!" Sharpless pede a Suzuki que vá ao jardim falar com Kate Pinkerton. Enquanto isso, este último, possuído por um remorso avassalador, por fim reconhece que foi naquela casinha pequenina que ele conheceu a verdadeira felicidade (Addio, fiorito asil). Pinkerton sai correndo; ele não tem coragem de enfrentar a jovem cuja vida ele destruiu.

Butterfly desperta e, ao sair do quarto onde estava dormindo, entra na sala e se depara com Sharpless, Suzuki, e uma mulher estranha. Suzuki chora. Num átimo, Butterfly compreende tudo. "Não! Não me digam nada. Eu já sei. Aquela é a mulher de Pinkerton?" Kate pede a ela que lhe entregue o seu filho. "Serei como uma mãe para ele." Butterfly promete que o entregará dentro de meia hora. Sharpless e Kate se retiram, e Butterfly pede a Suzuki que vá buscar seu filho. Enquanto isso, ela retira de um baú um punhal, com o qual seu pai havia cometido seppuku, também conhecido como hara-kiri, um suicídio ritual japonês, e lê a inscrição: "Com honra morre aquele que não mais com honra viver pode." Suzuki volta com o garoto, e Butterfly pede a ela que a deixe a sós com ele. Ela beija ternamente o seu filho, e pede a ele que nunca se esqueça da sua mãe japonesa. Venda os olhos do menino, dá-lhe uns brinquedos para que brinque, e enfia a faca no ventre. É o fim.






Madame Butterfly






















Na virada do século XIX para o XX, na cidade de Nagasaki, vive a jovem gueixa Cio-Cio-San, conhecida como Madame Butterfly. Com apenas 15 anos, ela é prometida ao Tenente Pinkerton, da marinha dos EUA. Acreditando ser ele o homem de sua vida, Cio-Cio-San renega sua própria cultura e sua religião para se entregar integralmente ao marido. O estrangeiro, no entanto, está a procura apenas de um casamento temporário, que possa distraí-lo nos meses em que vive na cidade. Mesmo depois de sua partida, no entanto, a gueixa ainda tem fé de que ele retornará e a fará feliz.

O Japão era um país quase totalmente isolado do resto do mundo, até que por volta de 1870 um presidente americano mandou uma expedição de reconhecimento a Sua Majestade Imperial, cujo intuito era forjar laços de amizade com o Império do Sol Nascente. Nas décadas que se seguiram, vários oficiais da marinha americana visitaram o Japão e contraíram matrimônios temporários com jovens japonesas. A história de Cio-Cio-San (Butterfly, ou Borboleta), portanto, se baseia em fatos reais, e descreve as trágicas consequências de um desses matrimônios contraídos com leviandade.

Madame Butterfly




















Madama Butterfly é uma ópera em três atos (originalmente em dois atos) de Giacomo Puccini, com libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, baseado no drama de David Belasco, o qual por sua vez se baseia numa história escrita pelo advogado americano John Luther Long. Estreou no teatro Scala de Milão a 17 de fevereiro de 1904.




Personagens

Cio-Cio-San (Butterfly) (uma gueixa)

Suzuki (aia de Butterfly)

B.F. Pinkerton, (Lugar-tenente da marinha dos Estados Unidos)

Sharpless, (Cônsul dos Estados Unidos em Nagasaki)

Goro, (nakodo) (Agente imobiliário e matrimonial)

Príncipe Yamador, (prometido à mão de Cio-Cio-Sam)

Um bonzo, (monge budista), (tio de Cio-Cio-Sam)

Comissário Imperial

Um notário Kate Pinkerton, (esposa americana de Pinkerton)


A história se passa em Nagasaki, Japão, por volta de 1900.

A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa.

Edward Elgar (n. 1857; m. 1934)

Obras de Puccini


























  • Preludio para orchestra (1876)
  • Preludio Sinfonico para orchestra (1882)
  • Capriccio Sinfonico para orchestra (1883)
  • Adagetto para orchestra
  • Cantata: A Giove
  • Cantata: I figli d'Italia bella (1877)
  • Hino de Roma
  • Missa a Quatro Vozes (1880)
  • Réquiem (1905)
  • Marcia Scossa Elettrica para piano
  • três Minuetos para quarteto de cordas
  • Crisantemi para quarteto de cordas
  • Onze canções para piano
  • Foglio d'Album
  • Piccolo Tango
Óperas


* Le Villi (1884)
* Edgar (1889)
* Manon Lescaut (1893)
* La Bohème (1896)
* Tosca (1900)
* Madama Butterfly (1904)
* La Fanciulla del West (1910)
* La rondine (1917)
* Il trittico (óperas curtas em ato único, 1918):
o Il tabarro
o Suor Angelica
o Gianni Schicchi
* Turandot (póstuma, 1926)
o nessun dorma

Giacomo Puccini






















p u c c i n i
(1858-1924)

Giacomo Puccini nasceu em Lucca (Itália), em 22 de dezembro de 1858. Músicos hereditários, desde Giacomo Puccini (1712-1781), trisavô do ilustre compositor, os Puccini tinham colaborado sempre no festival da Giornata delle Tasche, que realizava todos os anos em Lucca, quando das eleições municipais. Aos dez anos, Puccini era soprano na Escola de Canto de San Martino. Depois, estudou órgão e composição com músicos de Lucca e foi organista em várias igrejas da cidade.

Ouvindo Beethoven



Venham leis e homens de balanças,
mandamentos d'aquém e d'além mundo.
Venham ordens, decretos e vinganças,
desça em nós o juízo até ao fundo.

Nos cruzamentos todos da cidade
a luz vermelha brilhe inquisidora,
risquem no chão os dentes da vaidade
e mandem que os lavemos a vassoura.

A quantas mãos existam peçam dedos
para sujar nas fichas dos arquivos.
Não respeitem mistérios nem segredos
que é natural os homens serem esquivos.

Ponham livros de ponto em toda a parte,
relógios a marcar a hora exacta.
Não aceitem nem queiram outra arte
que a prosa de registo, o verso acta.

Mas quando nos julgarem bem seguros,
cercados de bastões e fortalezas,
hão-de ruir em estrondo os altos muros
e chegará o dia das surpresas.


(José Saramago)
In "Os Poemas Possíveis", 1966

Mozart no céu













No dia 5 de dezembro de 1791 Wolfgang Amadeus Mozart
entrou no céu, como artista de circo, fazendo
piruetas extraordinárias sobre um mirabolante cavalo branco.

Os anjinhos atônitos diziam: Que foi? Que não foi?
Melodias jamais ouvidas voavam nas linhas suplementares
superiores da pauta

Um momento se suspendeu à contemplação inefável.
A Virgem beijou-o na testa
E desde então Wolfgang Amadeus Mozart foi o mais moço dos anjos.

Manuel Bandeira

sábado, 20 de junho de 2009






















Três anos antes de morrer, Beethoven assistiu a seu derradeiro e maior triunfo: foi efusivamente aplaudido durante a execução de sua Nona sinfonia. O sucesso animou-o a escrever o que seria sua décima sinfonia. Porém, não houve tempo para tanto. Ludwig van Beethoven morreu de cirrose hepática em 26 de março de 1827, após contrair pneumonia, numa tarde de tempestade sobre Viena.

Beethoven

Na última década de vida, Beethoven ficou completamente surdo. Gastava as noites pelas tavernas, vestia-se como um maltrapilho, arranjava brigas com vizinhos. Os pulmões estavam em frangalhos, o fígado dissolvia-se no álcool, o reumatismo e as dores de cabeça o atormentavam dia e noite, a surdez se fazia acompanhar de moléstias oculares. Mesmo assim, continuava a compor obras-primas. Diz-se que a falta de audição havia libertado o compositor de todas as convenções musicais, possibilitando-lhe criar uma música abstrata e completamente inovadora.













“Não consigo escrever poesia: não sou poeta. Não consigo dispor as palavras com tal arte que elas reflitam as sombras e a luz: não sou pintor... Mas consigo fazer tudo isso com a música...”

Wolfgang Amadeus Mozart

Ludwig van Beethoven

























Ludwig van Beethoven (Bonn, 16 de dezembro de 1770 — Viena, 26 de março de 1827) foi um compositor erudito alemão, do período de transição entre o Classicismo (século XVIII) e o Romantismo (século XIX).

É considerado um dos pilares da música ocidental, pelo incontestável desenvolvimento, tanto da linguagem, como do conteúdo musical demonstrado nas suas obras, permanecendo como um dos compositores mais respeitados e mais influentes de todos os tempos.Foi em Viena que lhe surgiram os primeiros sintomas da sua grande tragédia. Foi-lhe diagnosticado, por volta de 1796, tinha Ludwig os seus 26 anos de idade, a congestão dos centros auditivos internos, o que lhe transtornou bastante o espírito, levando-o a isolar-se e a grandes depressõesConsultou vários médicos, inclusive o médico da corte de Viena. Fez curativos, realizou balneoterapia, usou cornetas acústicas, mudou de ares; mas os seus ouvidos permaneciam enrolados. Desesperado, entrou em profunda crise depressiva e pensou em suicidar-seEmbora tenha feito muitas tentativas para se tratar, durante os anos seguintes, a doença continuou a progredir e, aos 46 anos de idade (1816), estava praticamente surdo. Porém, ao contrário do que muitos pensam, Ludwig jamais perdeu a audição por completo, muito embora nos seus últimos anos de vida a tivesse perdido, condições que não o impediram de acompanhar uma apresentação musical ou de perceberDe 1816 até 1827, ano da sua morte, ainda conseguiu compor cerca de 44 obras musicais. Sua influência na história da música foi imensa. Ao morrer, a 26 de Março de 1827, estava a trabalhar numa nova sinfonia, assim como projectava escrever um Requiem. Conta-se que cerca de dez mil pessoas compareceram no seu funeral, entre elas Franz Schubert. Faleceu de cirrose hepática, após contrair pneumonia.nuances timbrísticas.

Flauta: instrumento insuportável - Mozart




Mesmo detestando o som deste instrumento de sopro, o compositor austríaco deixou obras memoráveis que destacam a flauta como solista. O famigerado "ódio" de Mozart às flautas deve-se provavelmente à dificuldade, na época, de se manter a afinação destes instrumentos. Ainda assim, o gênio não teve problemas em aceitar encomendas de concertos para flauta em tempos de bancarrota.

Carmen


Estreada mundialmente em 1872, a última ópera composta por Bizet eterniza a relação fatídica entre a voluntariosa cigana e Don José, um pacato sargento cujos códigos morais serão perturbados por uma avassaladora e incontrolável paixão. Apesar de acreditar estar enamorado de outra, Don José não consegue ficar indiferente à cigana e acaba por ceder aos seus encantos. Chamado a prender Carmen, durante uma rixa entre colegas da fábrica de tabaco onde ela trabalha em Sevilha, Don José permite que ela se liberte em troca de uma promessa de amor. A evasão de Carmen leva a que o militar acabe por ser preso e se confrontar com seu superior. Sem opção, o sargento abandona a carreira para seguir Carmen.

O amor possessivo de Don José e os conflitos morais que esta paixão desencadeia provocam o gradual desinteresse de Carmen que o incita a partir e a acompanhar outra mulher, quando esta surge para lhe comunicar que a sua mãe estava a morrer. O afastamento de Don José possibilita a oportunidade de um triunfante toureiro conquistar o coração de Carmen e é na sua companhia que regressa a Sevilha, local onde reencontra Don José. Sem receio de enfrentar o desespero e as súplicas deste, Carmen, desafia o destino e assume o novo amante. Desfeito em ciúme, Don José apunhala mortalmente a cigana e, sobre o seu corpo inerte, é um homem destruído que confessa o crime e declara o amor sentido pela sua “adorada Carmen”.