A palavra música vem do grego "mousikê", que significa a arte das musas.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
“Quem ouve música, sente a sua solidão de repente povoada.”
Robert Browning
“O ar não é silencioso? O vento não faz barulho? E que é o vento senão ar? A música é o silêncio em movimento.”
Fernando Sabino
“A música é minha vida e a minha vida é a música.”
Wolfgang Amadeus Mozart
“Ninguém, com toda certeza, é capaz de assumir a liderança em todos os campos, pois para um homem os deuses concederam as proezas da guerra, a outro, a dança, para um outro, a música e o canto, e, num outro, o todo poderoso Zeus colocou uma boa cabeça.”
Homero
“Quando a dor cortante o coração maltrata e tristes gemidos ferem nossa alma, apenas a música e seus sons de prata, rápido nos trazem outra vez a calma!”
William Shakespeare
“A música que me sai dos dedos ama o silêncio, e a suprema ambição do poeta é integrá-lo no canto.”
Eugénio de Andrade
“Música é revelação, o terreno elétrico no qual nosso espírito vive, pensa e inventa.”
Ludwig van Beethoven
“Andar sem amor pela vida é como ir para o combate sem música, como empreender uma viagem sem um livro, como fazer-se ao mar sem estrela-guia.”
Stendhal
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
“Cantem e dancem juntos, e sejam felizes. Mas sejam como as cordas de um alaúde, que, embora vibrem com a mesma música, são independentes. ”
Khalil Gibran
“A poesia é a música da alma, e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais.”
Em Paris, véspera de Natal, no sótão. Marcello, um pintor que, aparentemente, não vende muitos quadros, pinta uma Passagem no Mar Vermelho;
seu companheiro Rodolfo escreve um drama. Os dois tiritam de frio e
estão com muita fome. O fogo na lareira está quase se apagando por falta
de combustível. Marcello oferece sacrificar o "Mar Vermelho"; Rodolfo
responde que faria muita fumaça, é melhor sacrificar o drama que ele
está escrevendo, o que é feito incontinenti. Aparentemente, salvar-se de
morrer de frio é mais importante que preservar suas obras para a
posteridade. O fogo, porém, dura pouco. Chega Colline, que não conseguiu
penhorar seus livros. Chega Schaunard, trazendo comida, vinho, lenha e
cigarros, o que alegra os rapazes. Estão festejando ruidosamente, quando
chega Benoît, o proprietário da cortelha onde moram; vem cobrar o
aluguel atrasado. Eles o convidam para entrar, fazem-no sentar,
oferecem-lhe um pouco de vinho. Marcello elogia o bom gosto do ancião,
contando que outro dia o viu de braços dados com uma bela mulher. A
conversa resvala então para um assunto predileto dos rapazes, e
aparentemente também do ancião: mulheres. Perguntam a ele que tipo de
mulher ele prefere. Ele responde que prefere as mais robustas, já que as
magras tendem a ser neuróticas e aborrecidas "como por exemplo… minha
mulher!" Ao ouvirem isso, os rapazes se levantam num ímpeto, fazendo
pose de indignação moral: "O que? Então o sr. é casado? E anda fazendo
essas coisas?" Expulsam o velho da mansarda, dizendo que ele "corrompe e
polui o nosso lar respeitável." Após rirem bastante, Schaunard propõe
que saiam para festejar no Café Momus. Rodolfo diz que precisa ficar
para terminar o artigo que está escrevendo para o jornal proletário
"Castor"; promete segui-los dentro de alguns minutos. Sozinho, ele se senta para escrever, quando ouve baterem timidamente à
porta. Pergunta quem é, uma voz feminina emite duas notas do lado de
fora. Rodolfo abre e vê uma jovem pálida e de aspecto doentio, mas
extremamente bela, tendo nas mãos uma vela apagada e uma chave. Ofegante
devido ao esforço de subir as escadas, ela pede a ele, por favor, se
teria fogo para reacender sua vela. Rodolfo insiste para que ela entre e
sente-se um momento; ela desmaia sobre a cadeira, deixando cair a vela e
a chave. Rodolfo asperge um pouco de água sobre o rosto da garota, ela
volta a si. Rodolfo faz com que ela se sente junto ao fogo e oferece-lhe
um pouco de vinho. Levantando-se, ela acende a vela, agradece, diz boa
noite e sai. Ao cruzar o limiar da porta, ela se dá conta de que perdeu a
chave do quarto onde mora. O vento apaga as duas velas, a dela e a de
Rodolfo. Os dois reentram para procurar a chave no quarto semi-escuro,
iluminado apenas pela lareira e pela luz da lua. No meio da escuridão, suas mãos se encontram, e é então que um lá bemol na clarineta-baixo dá o sinal a Rodolfo que é a hora de cantar Che gelida manina. Esta ária também começa com um lá bemol, isto não passa de um truque para que ele comece a ária com afinação perfeita. Rodolfo se apresenta e diz que é um poeta. Mimì responde com sua primeira ária, Mi chiamano Mimì. Me chamam de Mimì, mas meu nome é Lucia. Gosto daquelas coisas que se chamam de poesia. O ato conclui com o dueto de amor O soave fanciulla.
Ato II
O Quartier Latin e o Café Momus. No Quartier Latin, um bairro boêmio de Paris, há muita agitação:
tocam música alegre, cantam, dançam, se divertem. Rodolfo chega com Mimì
e apresenta sua nova companheira aos amigos: "Eu sou o poeta, ela é a
poesia." Musetta, antiga companheira de Marcello, chega acompanhada de
outro homem, Alcindoro, mais velho e mais endinheirado que Marcello. Ao
ver Marcello, porém, ela fica excitada, inquieta, como se algum bicho a
tivesse mordido. Quebra um prato, reclama do serviço. Sobe na mesa e
canta uma valsa, cujo objetivo óbvio é seduzir Marcello. De repente, ela
solta um grito, dizendo que seu sapato a está machucando. Alcindoro sai
para comprar um novo par para ela, ela cai nos braços de Marcello.
Entre os amigos falidos, porém, ninguém tem dinheiro para pagar a conta.
Musetta diz ao garçom que Alcindoro vai pagar. Marcello e Colline a
carregam nos ombros e eles saem, rindo. Quando Alcindoro chega,
apresentam-lhe a conta.
Ato III
A Barreira do Inferno (bairro na periferia de Paris). Manhã de inverno. A neve cai profusamente. Vê-se uma praça cheia de
árvores, um cabaré, e o portão da alfândega. Varredores de rua
cantarolam enquanto trabalham, ouvem-se vozes, gritos e risos vindos de
dentro do cabaré. Chega Mimì, pálida e tossindo, e pergunta a um
sargento onde é o cabaré onde mora e trabalha o pintor Marcello; ele lhe
aponta. Ouve-se a voz de Musetta cantando lá dentro. Uma garçonete sai
do cabaré, e Mimì pede a ela que diga ao pintor Marcello que Mimì quer
falar com ele. Marcello sai, Mimì explica a ele que o relacionamento
entre ela e Rodolfo está indo por água abaixo. Na noite anterior, ele
fugiu de casa dizendo, "está tudo acabado entre nós." Eles vêm tendo
atritos constantes ultimamente, cuja razão subjacente, que Mimì ignora, e
que talvez não seja clara nem mesmo ao próprio Rodolfo, é o sentimento
de culpa de Rodolfo, por saber que Mimì está condenada, e ele não pode
fazer nada por ela. Rodolfo sai da taverna, Mimì se esconde atrás de uma
árvore. Na conversa com Marcello, Rodolfo confirma mais ou menos o que
disse Mimì. Mimì tosse, denunciando sua presença. Mimì e Rodolfo agora
cantam um dueto de amor, que é também uma despedida: Ci lascierem alla stagion dei fior.
Os dois resolvem se separar amigavelmente. O dueto entre Mimì e Rodolfo
se transforma num quarteto, quando vêm juntar-se as vozes de Musetta e
Marcello, que estão tendo uma briga: Musetta flerta com todos os homens,
para grande desagrado de Marcello.
Ato IV
Novamente no sótão, como no primeiro Ato. Marcello e Rodolfo estão juntos de novo na mesma mansarda, Marcello
pintando um quadro, Rodolfo escrevendo. Mas nem Marcello conseguiu
esquecer Musetta, nem Rodolfo esquecer Mimì. Eles cantam um dueto, cada
um recordando a respectiva amante. Chegam Schaunard e Colline trazendo
comida. Os homens comem, bebem, cantam, dançam, brincam de luta, riem e
se divertem. A brincadeira descontraída entre os machos é subitamente
interrompida por um acorde lúgubre na orquestra: batem à porta. É
Musetta: "Mimì vem vindo atrás de mim. Ela está muito mal." Mimì entra,
quase sem fôlego após subir as escadas. Fazem com que ela se deite na
cama. Mimì pergunta a Rodolfo se ele quer sua presença, ele responde que
sim. Musetta conta que Mimì abandonou um rico visconde, para ir morrer
no lugar onde ela encontrou o verdadeiro amor. Mimì diz que sente frio.
Musetta oferece vender suas jóias, Colline seu casaco para conseguirem
dinheiro para pagar um médico (Vecchia zimarra senti). Saem todos
e deixam Mimì a sós com Rodolfo. Ela diz que fingia estar dormindo,
porque queria estar a sós com ele. Eles cantam um último dueto de amor -
de amor e de morte. Mimì pergunta se ela ainda é bela. "Bela como uma
aurora," responde Rodolfo. "Bela como um crepúsculo, é isto que quiseste
dizer," ela arremata. Eles relembram o primeiro encontro. Ela, com
senso de humor, o recrimina pelo truque baixo que ele usou, escondendo a
chave; "eu ajudava o destino," ele responde. Ouve-se de novo a melodia
de Che gelida manina. Chegam Marcello, Musetta, Colline,
Schaunard, trazendo uma manta nova que compraram para ela para aquecê-la
melhor. Mimì sorri: "que bom, amor, estar sempre contigo, quentinha, e
dormir." Um acorde lúgubre mas delicado na orquestra nos avisa que Mimì
morreu (Puccini chegou a desenhar uma caveira neste ponto no manuscrito
original da partitura). Musetta protege a chama da única vela que
ilumina o quarto: Qui ci vuole un riparo perché la fiamma sventola, e faz uma prece à Virgem: Madona
bendita, concede a graça a esta pobrezinha para que ela não morra.
Madona Santa, eu sou indigna de perdão, enquanto Mimì é um anjo do céu. A ópera termina com Rodolfo gritando Mimì! Mimì!,
repetindo a mesma nota (sol sustenido), enquanto soluça e chora
convulsivamente, e tudo morre num acorde de dó sustenido menor.
La bohème é uma ópera em quatro atos de Giacomo Puccini, com libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, baseado no livro de Henri Murger, Scènes de la vie de bohème. Estreou no Teatro Regio de Turim a 1 de fevereiro de 1896, sob a regência de Arturo Toscanini. La Bohème é um exemplo de uma ópera proletária. Até a época em que Puccini compôs La Bohème, quase todos os personagens de ópera tinham sido reis, príncipes, nobres, guerreiros, deuses ou heróis da mitologia grega. Os personagens de La Bohème são intelectuais proletários que não têm dinheiro para pagar o aluguel. A protagonista da ópera morre de tuberculose.
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
"Põe toda a tua alma nisso, toca da maneira como sentes a música!"
Chopin
"A vida de um homem culto deveria simplesmente alternar-se entre música e não-música, como entre o sono e o despertar."
Friedrich Novalis
"Se a música tem, portanto, um número maior de amantes do que a poesia, ou a arquitetura, ou a escultura, tal não se deve ao fato se ser mais espiritual, como se costuma dizer, mas sim devido ao fato contrário: é mais sensual." Vitalino Brancati
"A música é o vínculo que une a vida do espírito à vida dos sentidos. A melodia é a vida sensível da poesia." Beethoven
"A música pode ser o exemplo único do que poderia ter sido - se não tivesse havido a invenção da linguagem, a formação das palavras, a análise das ideias - a comunicação das almas." Marcel Proust
"A boa música nunca se engana, e vai direita, buscar ao fundo da alma o desgosto que nunca devora."