quarta-feira, 8 de maio de 2013

Il trovatore






“Il Trovatore”, de Giuseppe Verdi (Roncole, 9 ou 10 de Outubro de 1813 – Milão, 27 de Janeiro de 1901). 

Libreto de Salvatore Cammarano sobre obra de Garcia Gutièrrez. Estreia em Roma, no Teatro "Appollo", a 11 de Janeiro de 1853.

Personagens: Leonora / Manrico, o Trovador / Conde de Luna / Ferrando / Açucena / Inês, aia de Leonora. 

 A ação de decorre em Espanha no início do século XV. Alguns fatos do enredo anteriores ao início da ação: o velho Conde de Luna teve dois filhos, quase da mesma idade, que foram visitados por uma Cigana, que se terá debruçado sobre o berço do mais jovem.
A Cigana é presa e, como a saúde da criança começa a deteriorar-se, o Conde conclui que a Cigana a enfeitiçou e manda queimá-la numa fogueira.
 Açucena, filha da Cigana, assiste à morte da mãe e jura vingar-se, raptando o filho mais novo do Conde para o lançar nas chamas da fogueira. Só que, perturbada pela emoção, Açucena engana-se e, em vez do filho do Conde, lança às chamas o seu próprio filho. Decide então criar como seu o filho do Conde, ao qual dá o nome de Manrico. o Trovador. Quando a ação inicia, o velho Conde já morreu, sucedendo-lhe o filho mais velho como o novo Conde de Luna.




Primeiro ato : Átrio do Castelo de Aliaferia, perto dos aposentos do Conde: os Guardas estão em alerta para capturar um Trovador que tem vindo fazer serenatas à Duquesa Leonora, a quem o Conde ama sem ser correspondido. Para passar o tempo, os Guardas pedem a Ferrando, o Comandante, que lhes conte a história do irmão do Conde – o que Ferrando faz entoando uma balada. Mais tarde, nos jardins do Castelo, numa escadaria que conduz aos aposentos de Leonora, a Duquesa confessa à sua aia Inês estar apaixonada por um Cavaleiro que se sagrou campeão num recente torneio. Leonora sabe que esse amor é correspondido já que todas as noites esse Cavaleiro-Trovador tem vindo cantar sob a sua janela. Quando Leonora e Inês se retiram, chega aos jardins o Conde de Luna, no preciso instante em que se ouve, ao longe, a voz do Trovador.Acorrendo ao apelo, Leonora regressa e, tomando o Conde pelo Trovador, cai nos seus braços. É então que surge Manrico, que revela a sua verdadeira identidade, e que diz ter sido forçado a exilar-se em Aragão por ser partidário do Príncipe da Biscaia. O Trovador e o Conde batem-se em duelo e Leonora desmaia.


Segundo ato : Acampamento dos Ciganos: Açucena conta a Manrico aquilo que se passou com a sua mãe, morta pelo velho Conde de Luna, ao mesmo tempo que lhe revela os seus planos de vingança. Açucena afirma ter ficado surpreendida por Manrico ter poupado a vida ao jovem Conde no duelo, ao que Manrico responde "não ter sido capaz, como se uma voz lhe dissesse para não desferir o golpe mortal".


A conversa é interrompida pela chegada dum mensageiro do Príncipe da Biscaia: este ordena a Manrico que assuma o comando das tropas que defendem a Fortaleza de Castellor. Mas o mensageiro é também portador doutra notícia: acreditando na morte do Trovador, Leonora decidiu entrar para um Convento. É no claustro desse Convento que se passa a última cena do 2º Ato, onde chega o Conde de Luna com alguns dos seus homens, decidido a raptar Leonora antes que ela faça os votos. Só que, antes que o Conde consiga realizar o seu intento chega o Trovador com os seus homens, e o Conde é repelido.



Terceiro ato : Fortaleza sitiada de Castellor: fora da Fortaleza, os Soldados do Conde de Luna trazem à sua presença uma Cigana encontrada a rondar pela vizinhança. O Conde reconhece Açucena, a Cigana que ele julga ter morto o seu irmão mais novo, e ordena que ela seja morta na fogueira. No interior da Fortaleza prepara-se o casamento de Manrico e Leonora, uma cerimónia interrompida pela notícia de que Açucena foi capturada pelos sitiantes e que irá ser queimada. Desesperado, Manrico desembainha a espada e parte em defesa daquela que julga ser a sua mãe. 


Quarto ato : Interior da Torre do Castelo de Aliaferia: Manrico e Açucena estão prisioneiros numa das masmorras, aguardando o momento de serem executados.Leonora vai procurar o Conde, determinada a salvar o Trovador, seja qual for o preço. É assim que diz aceitar casar com o Conde desde que ele mande libertar Manrico e Açucena. O Conde aceita a proposta e Leonora toma um veneno que trazia escondido. Só depois procura o Trovador para o informar de que ele e a mãe podem partir em Liberdade. Mas o veneno já está a fazer efeito, e Leonora morre nos braços de Manrico. O Conde chega e ordena, de imediato, a execução do Trovador, obrigando a Cigana a assistir à sua morte de uma das janelas da Torre. É só depois da morte de Manrico que Açucena revela a verdadeira identidade do seu suposto filho, dizendo ao Conde de Luna que "ele acabou de matar o seu próprio irmão".