sábado, 31 de dezembro de 2011

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo!


























Que no próximo ano a vida seja uma bela e doce sinfonia!

Nana Pereira

Feliz Ano Novo!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Inverno / Vivaldi

Vivaldi






















Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 4 de março de 1678 — Viena, 28 de julho de 1741) foi um compositor e músico italiano do estilo barroco tardio. Tinha a alcunha de il prete rosso ("o padre ruivo") por ser um sacerdote de cabelos ruivos.
Compôs 770 obras, entre as quais 477 concertos e 46 óperas. É sobretudo conhecido popularmente como autor da série de concertos para violino e orquestra Le quattro stagioni ("As Quatro Estações")

Vivaldi - Tormenta - Storm

Moonlight Sonata





















Não dê ouvidos aos conselhos de ninguém, senão o do vento que passa e nos conta as histórias do mundo.

Claude Debussy

Túmulo de Debussy


























Cimetière de Passy , Paris, França.

Claude-Achille Debussy (Saint-Germain-en-Laye, 22 de Agosto de 1862 — Paris, 25 de Março de 1918) foi um músico e compositor francês.
Morreu aos 56 anos de idade.

Clair De Lune


Claude Debussy





















Claude-Achille Debussy (Saint-Germain-en-Laye, 22 de Agosto de 1862 — Paris, 25 de Março de 1918) foi um músico e compositor francês.
A vocação musical do jovem foi descoberta por M.me Fauté de Fleurville, que o preparou para o Conservatório, onde foi admitido em 1873. Em 1884 recebe o grande prêmio de Roma de composição. Viaja para Moscou, com M.me von Meck, protetora de Tchaikovsky, interessando-se pela obra do então desconhecido Mussorgsky, que o influenciará.

Após uma estada na villa Médici, em Roma, retorna a Paris, em 1887, entrando em contato com a vanguarda artística e literária. Freqüenta os mardis de Mallarmé. No mesmo ano conhece Brahms, em Viena. Em 1888 ouve, em Bayreuth, Tristão e Isolda, de Wagner, que lhe causa profunda impressão.

A vida de Debussy corre sem grandes acontecimentos, exceutando-se o escândalo doméstico do seu divórcio (deixa Rosalie Texier para casar-se com Emma Bardac) e a estréia tumultuosa de Pelléas et Mélisande, em 1902.

A obra de Debussy é bastante diversificada, do ponto de vista dos gêneros e das formas que utilizou. Não se pode dizer que tenha sido compositor essencialmente vocal ou instrumental, sinfônico ou de câmara, pois todas as suas obras, em que pese a diversidade de meios que utilizou, parecem transmitir a mesma mensagem. A abertura de um universo sonoro inteiramente novo, em que a sugestão ocupou o lugar da construção temática e definida. De modo geral, sua obra pode ser dividida em música para orquestra, música de câmara e para instrumentos solos, música para piano, canções e música coral, obras cênicas e música incidental.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011






















"A música é como um tapete, feito com muitos fios e fibras entrelaçados, de cores variadas, que formam desenhos geométricos no espaço antes de darem lugar ao silêncio. Um músico é como um tecelão que desenha sons no espaço vazio, e nos comove."

Swami Dayananda

domingo, 4 de dezembro de 2011

Carta de amor de Ludwig Van Beethoven



















Bom dia! Todavia, na cama se multiplicam os meus pensamentos em ti, minha amada imortal; tão alegres como tristes, esperando ver se o destino quer ouvir-nos. Viver sozinho é-me possível, ou inteiramente contigo, ou completamente sem ti. Quero ir bem longe até que possa voar para os teus braços e sentir-me num lugar que seja só nosso, podendo enviar a minha alma ao reino dos espíritos envolta contigo. Tu concordarás comigo, tanto mais que conheces a minha fidelidade, e que nunca nenhuma outra possuirá meu coração; nunca, nunca… Oh, Deus! Por que viver separados, quando se ama assim?


Minha vida, o mesmo aqui que em Viena: sentindo-me só, angustiado. Tu, amor, tens-me feito ao mesmo tempo o ser mais feliz e o mais infeliz. Há muito tempo que preciso de uma certeza na minha vida. Não seria uma definição quanto ao nosso relacionamento?… Anjo, acabo de saber que o correio sai todos os dias. E isso me faz pensar que tu receberás a carta em seguida.

Fica tranquila. Contemplando com confiança a nossa vida alcançaremos o nosso objectivo de vivermos juntos. Fica tranquila, queiras-me. Hoje e sempre, quanta ansiedade e quantas lágrimas pensando em ti… em ti… em ti, minha vida… meu tudo! Adeus… queiras-me sempre! Não duvides jamais do fiel coração de teu enamorado Ludwig.

Eternamente teu,
eternamente minha,
eternamente nossos.

Ludwig van Beethoven

Beethoven























Foi da primeira vez
que ouvi o tam tam tam tam de Beethoven
era eu criança ainda nada
conhecia da pomba sob o cipreste
nem de dores de dentes nem da dor de Dante
muito menos da dor diante.

Foi como eu se fosse o estado puro
dum cristal que tinisse no interior duma redoma
de dentro para dentro de si próprio
de dentro para dentro do próprio cristal
da primeira vez que ouvi Beethoven
era eu criança ainda nada conhecia dos pátios de Granada
nem de ananases redondos do Vietnam,
só sabia um pouco do sabor do sol e do sal
que trinta anos mais tarde em Londres
descobri mediterrânico.

E no entanto
o sangue acendeu-se-me de pólvora
– uma catedral cheia de formigas
no sítio dito da habitação da alma,
os músculos retesaram-se-me como a um cro-magnon
meditando um búfalo em Altamira
e fiquei a vida inteira a imaginar um homem surdo
atulhado em raízes de liamba
a cheirar fumo pelos tímpanos dos olhos.

Vieira Calado

Mozart















Lêem-se os gregos
suecos, alemães
ou a doce língua
de não sei quantos
de não sei que imóvel pedaço de página
claves de sol
talvez o latim o alano o islandês
e é sempre a mesma música
sempre como um veio numa flor grossa obscena
Diz um um alfinete diz outro
um parafuso
pois sim
uma fina difusa coisinha semimorta
semi-deitada
semi-cerrada
uma inteligente coisa muda
maior que um tiro na orelha
pois não
uma espécie de porta
de dor discreta.

Meu bom senhor
olhai
nos prados nas tabernas
nos ermitérios
nos armários
um rasto de cão

Nos óculos do primeiro violino
tudo desaparece.

Tendes vós sono, desejo
de novas estações? Tendes florins?
Tendes, acaso, em dias
já passados
mãos musicais, sinais
de outras mortes?

Jules Morot