domingo, 28 de junho de 2009


Encontra-se sempre, aqui e ali, algum semi-deus que consegue viver em condições terríveis, e viver vencedor! Quereis ouvir os seus cantos solitários? Escutai a música de Beethoven.
Nietzsche

terça-feira, 23 de junho de 2009

Franz Peter Schubert

Franz Schubert
por Wilhelm August Rieder, 1875


Schubert (Himmelpfortgrund, perto de Viena, 31 de Janeiro de 1797 - Viena, 19 de Novembro de 1828), foi um compositor austríaco do fim da Era clássica com um estilo marcante, inovador e poético do romanticismo. Escreveu cerca de seiscentas canções (o "Lied" alemão), bem como óperas, sinfonias, incluindo ("Sinfonia Incompleta") sonatas entre outros trabalhos. Não houve grande reconhecimento público da sua obra durante sua curta vida; teve sempre dificuldade em assegurar um emprego permanente, vivendo muitas vezes à custa de amigos e do trabalho que o pai lhe dava. Morreu sem quaisquer recursos financeiros com a idade de 31 anos. Hoje, o seu estilo considerado por muitos como imaginativo, lírico e melódico, fá-lo ser considerado um dos maiores compositores do século XIX, marcando a passagem do estilo clássico para o romântico. Podemos defini-lo como "mais um artista incompreendido pelos seus contemporâneos".

Franz Peter Schubert escreveu cerca de 600 canções, além de óperas, sinfonias e sonatas, entre outros trabalhos. É considerado um dos maiores compositores do século 19, marcando a passagem do estilo clássico para o estilo romântico.


a casa onde Schubert nasceu

domingo, 21 de junho de 2009

Turandot


















TURANDOT narra a história do príncipe Calaf, da princesa Turandot (filha do imperador) e de Liu (escrava). A princesa, por vingança de estrangeiros terem matado uma de suas ancestrais, não quer saber de se apaixonar e propõe que aquele que desejar desposá-la deverá responder a três enigmas.
Quem não conseguir será morto e a sua cabeça ficará exposta sobre a muralha.

Personagens

Altum, imperador da China

Princesa Turandot, filha de Altum

Timur, rei exilado dos tártaros

Liù, escrava de Timur

Calaf, filho de Timur

Ping, Grande Chanceler

Pang
, Ministro da Dispensa

Pong Cozinheiro Chefe

Pu-Tin-Pao, carrasco


Um Mandarim

Turandot




















Turandot, última ópera de Giacomo Puccini, com libreto de Giuseppe Adami e Renato Simoni, composta em três atos, baseado numa peça de Carlo Gozzi com a adptação de Friedrich von Schiller. Estreou no Teatro Alla Scala em Milão a 25 de abril de 1926, sob a regência de Arturo Toscanini. Esta ópera ficou inacaba por causa da morte do autor à 29 de novembro de 1924, sendo completada por Franco Alfano. Arturo Toscanini não gostou do final que Franco Alfano deu a ópera de Puccini, por isso que na cena de morte de Liù, virou-se para a platéia e disse: "Senhoras e Senhores, aqui parou Giacomo Puccini".

Antonius Stradivarius


Antonius Stradivarius ou, em italiano, Antonio Giacomo Stradivari(Cremona, 1648 — Cremona, 18 de Dezembro de 1737) foi um célebre luthier italiano. Ainda muito jovem foi discípulo de Niccolò Amati, com quem aprendeu e desenvolveu a arte inconfundível de fazer instrumentos de cordas, como violinos, violas e violoncelos, contra-baixos, violões e harpas.

O período áureo de sua carreira foi entre 1700 e 1722, quando lançou a forma G e construiu seus violinos mais famosos, como o "Bets", em 1705, o "Cremonese", em 1715, o "Messiah" e o "Medici", ambos em 1716. Muitas das técnicas utilizadas por ele ainda não foram completamente desvendadas. Sabe-se que as madeiras usadas eram o acero e o abeto, este para o tampo harmónico e partes internas e aquele para o fundo, faixa e braço. A madeira era tratada com diversos tipos de minerais, borato de potássio, silicato de sódio e de silicato de potássio, verniz de bianca (um composto de goma arábica, mel e clara de ovo), além de Stradivari selecionar madeiras mais antigas e ressecadas.

Os violinos Stradivarius Cremonesi





















Os violinos Stradivarius Cremonesi são os mais valiosos do mundo.
Foram feitos apenas 250 pelo mestre Antonio Stradivarius (1643-1737).
Um Stradivarius de 1720 foi arrematado em 1990 por 1,8 milhões de doláres. Este violino tem um som quase singular, os cientistas acham que a madeira do violino passou por uma reação química de alguma substância que Stradivarius passava nos violinos para limpá-los, tapando os poros da madeira, deixando o som com qualidade superior ao dos outros violinos.

Finlândia



Finlândia ,composta por Jean Sibelius faz parte da trilha sonora do filme "Duro de matar 2" .



Sibelius morreu em 20 de setembro de 1957 em Ainola, onde está enterrado num jardim.



















«Não preste atenção ao que os críticos dizem. Nunca nenhum prêmio foi dado a um crítico.»

(Jean Sibelius)

Finlândia


"Finlândia", poema sinfônico de Jean Sibelius (1865-1957), é considerado o segundo hino nacional daquele país. Sibelius descreve momentos heróicos de seu país, e esta peça foi incorporada ao repertório das maiores orquestras do mundo.

Jean Sibelius


Jean Sibelius (8 de dezembro de 1865 – 20 de setembro de 1957) foi um compositor finlandês de música erudita, e um dos mais populares compositores do final do Século XIX e início do Século XX. Sua genialidade musical também teve importante papel na formação da identidade nacional finlandesa.

Sibelius nasceu numa família que falava sueco e residia na cidade de Hämeenlinna, no Grão-Ducado da Finlândia, então pertencente ao Império Russo. Seu nome de batismo é Johan Julius Christian Sibelius e ele era conhecido como Janne por sua família, mas durante seus anos de estudo ele teve a idéia de usar a forma francesa de seu nome, Jean, após ver uma pilha de cartões postais de seu tio Johan, o irmão mais velho de seu pai, o Dr. Christian Gustaf Sibelius, que era médico na guarnição militar de Hämenlinna. O nome Johan lhe fora dado em homenagem a esse tio, que era capitão de navio e tinha morrido em Havana, em 1863. O prenome Jean era usado por ele quando estava no exterior.


A principal parte da música de Sibelius é sua coleção de sete sinfonias. Como Beethoven, Sibelius usou cada uma delas para trabalhar uma idéia musical e/ou desenvolver seu próprio estilo. Suas sinfonias continuam populares em gravações e salas de concerto.

Dentre as composições mais famosas de Sibelius, destacam-se: Concerto para Violino e Orquestra em ré menor (obra de grande expressão,melodiosidade profunda e virtuosismo,que goza de grande popularidade entre os violinistas e o público,tornando-se em um dos concertos para violino mais executados nas salas de concerto), Finlandia, Valsa Triste (o primeiro movimento da suíte Kuolema), Karelia Suite e O Cisne de Tuonela (um dos quatro movimentos da Lemminkäinen Suite). Outros trabalhos incluem peças inspiradas no poema épico Kalevala, cerca de 100 canções para piano e voz, música incidental para 13 peças, uma ópera (Jungfrun i tornet, A Senhora na Torre), música de câmara, peças para piano, 21 publicações separadas para coral e músicas para rituais maçônicos. Até meados de 1926 foi prolífico; entretanto, apesar de ter vivido mais de 90 anos, ele quase não completou composições nos últimos 30 anos de sua vida, após sua Sétima Sinfonia em 1924 e o poema musicado Tapiola em 1926.

Manon Lescaut


Ato I

Um pequeno hotel à beira da estrada em Amiens, na França.

À porta da hospedaria há um belo jardim com mesas ao ar livre, onde os viajantes bebem cerveja, jogam cartas, conversam. Edmondo, um jovem estudante, recita uns versinhos burlescos e picantes para umas jovens donzelas, quando chega seu amigo Des Grieux, que parece um pouco sério e preocupado. Edmondo lhe pergunta se ele está apaixonado. Des Grieux responde ao amigo que o amor é uma espécie de comédia ou tragédia na qual ele não está nem um pouco interessado.

Chega um coche de Arras, do qual descem vários passageiros, entre os quais uma jovem de rara beleza, que imediatamente chama a atenção de Des Grieux; junto com ela estão seu irmão, Lescaut, sargento da guarda real, e um senhor que eles conheceram durante a viagem, chamado Geronte. O jovem e o velho entram na hospedaria e conversam com o dono; enquanto isso, a jovem senta-se sozinha num dos bancos do jardim, com uma pequena bagagem de mão e um olhar triste mas doce. Des Grieux não resiste à tentação, aproxima-se da jovem e pergunta como ela se chama. "Chamo-me Manon Lescaut," diz ela, e explica que vai dormir naquele hotel só por uma noite, e partirá na manhã seguinte para um convento. É desejo do pai que ela seja uma freira. A curta conversa dos dois, contudo, mostra claramente que este não é o desejo da jovem. Ouve-se a voz do irmão chamando Manon de dentro da hospedaria. "Ver-nos-emos mais tarde?" pergunta Des Grieux. Ela responde que sim. "Eu nunca vi uma mulher como esta," exclama ele numa ária, Donna non vidi mai simile a questa que exprime a paixão por Manon que acaba de despertar nele.

Des Grieux concebe um plano: raptar Manon e levá-la para Paris. Só que o velho lúbrico, Geronte, teve a mesma idéia. Lá dentro da hospedaria, ele oferece uma boa soma em dinheiro ao dono da mesma para que prepare uma carruagem dentro de uma hora, pronta a partir voando para Paris. Edmondo, que entreouviu a conversa de Geronte com o dono da hospedaria, vem correndo avisar Des Grieux. Chega Manon, como prometeu, e Des Grieux e Edmondo contam a ela que o velho pretende raptá-la. Des Grieux convence Manon a fugir com ele. Eles fogem na mesma carruagem que Geronte havia ordenado. Quando Geronte percebe que lhe passaram a perna, fica enfurecido, mas Lescaut o consola. Afinal, diz ele, bolsa de estudante logo fica vazia. Os dois seguem para Paris.

Ato II
O palacete de Geronte em Paris

Assim como Lescaut previra, o caso de amor entre Manon e Des Grieux não durou muito tempo. Assim que as condições materiais de subsistência do jovem casal desceram ao nível do proletariado, não foi difícil convencê-la a instalar-se na mansão do velho indecente. Nós a vemos cercada de luxo, com cabeleireiros, costureiros, peruqueiros, e um batalhão de criados satisfazendo seus mais ínfimos caprichos - chegou a hora dos minuetos e pó-de-arroz, dos quais Puccini havia acusado Massenet - talvez inescapáveis, em se tratando da Manon. Chega seu irmão Lescaut. Numa ária, In quelle trine morbide, ela exprime seu enfado com aquela vida vazia. Lescaut conta que seu amigo Des Grieux não para de importuná-lo: onde está Manon? Onde vive? Com quem fugiu? Lescaut vai buscar Des Grieux, que entra pela janela. Nem é necessário dizer que, quando eles estão no auge dos amassos amorosos, Geronte entra no quarto, arregala os olhos, abre bem a boca, põe a mão na cara num gesto de estupefação, e se retira do quarto. Manon e Des Grieux pretendem fugir; Manon enche a bolsa de jóias roubadas que ela pretende levar consigo. Geronte chamou a polícia; a casa está cercada. Policiais entram no quarto. A bolsa cai da mão de Manon e se espatifa no chão, esparramando todas as jóias. Manon é presa.

Ato III
O porto francês de Le Havre

Manon é processada por prostituição, e agora deve enfrentar o destino de todas as prostitutas: deportação para a América. O comandante do navio vai lendo uma por uma os nomes de todas as prostitutas "convidadas" a subir a bordo do navio para a deportação: Rosetta... Madelon... Claretta... Ninon... Violetta... Manon! Ao ouvir o nome de sua bem-amada, Des Grieux cai aos pés do comandante do navio e, chorando, canta para ele uma ária de tenor, suplicando a ele que o deixe embarcar como descascador de batatas. "Vai, meu rapaz! Vai povoar a América" diz o comandante.


Ato IV
Um deserto na Luisiana, perto de Nova Orleans

Numa região constantemente devastada por furacões e inundações, Manon e Des Grieux fogem de Nova Orleans, em busca de água e comida. Eles cantam um longo dueto de amor. Des Grieux se afasta um pouco para ver se avista alguma caravana ou algo parecido. É então que Manon canta sua famosa ária, Sola, perduta, abbandonata, um verdadeiro teste para as habilidades dramáticas e musicais das melhores sopranos. Parece que o pior pesadêlo de Manon se tornou realidade: ela vai morrer sozinha, abandonada por todos. Des Grieux retorna, e Manon morre feliz nos braços dele. A cortina cai.

Com o passar dos anos, Puccini comporia outras obras musicais que caíram mais no gosto do público. No entanto, Manon Lescaut foi, provavelmente, a ópera que projetou Puccini à fama e a partir daí muitos italianos o consideravam um sucessor de Verdi. É uma partitura extremamente rica e complexa. Este último ato, por exemplo, não tem atrativo cênico nenhum. O cenário é um deserto, não há nenhuma movimentação ou elemento visual atraente. A atração está toda na música de Puccini.

Manon Lescaut




















Ópera em quatro atos de Giacomo Puccini, baseada na novela do Abade Prévost, L'Histoire du Chevalier des Grieux et de Manon Lescaut.


Personagens


Manon Lescaut

Sargento Lescaut (irmão de Manon)

O Cavalheiro des Grieux (amante de Manon)

Geronte de Ravoir (Tesoureiro Real, outro amante de Manon)

Edmondo (um estudante, amigo de Des Grieux)
Um hoteleiro

Uma cantora

Um professor de Dança

Um acendedor de lampiões

Sargento da Artilharia Real

O Comandante do Navio

Obras de Dvořák






















As sinfonias de Dvořák seguem mais ou menos um mesmo padrão formal: O primeiro movimento possui 3 temas: o primeiro é livre, o segundo é uma repetição do primeiro tema com algumas variações instrumentais ou melódicas e o terceiro tema contém certas características dos outros dois anteriores porém mantendo-se ligeiramente independente.

O segundo movimento geralmente é um adagio, com pontos fortes na bela melodia.

O terceiro movimento é uma dança ou fuga no estilo Beethoveniano.

O quarto movimento é livre com variações temáticas durante o decorrer.

As nove sinfonias são bastante melodiosas, tem um colorido instrumental único e exigem grandes orquestras. São obras primas do conjunto sinfonico romântico do sec. XIX.

Elas mantém um certo conservadorismo, não se nota mudanças formais entre uma obra e outra (diferente de Beethoven, que reinventava a sinfonia em cada criação). Dvořák não foi um inovador, mas sim um grande idealizador da idéia musical, ele sabia como criar horas de música melódica e cativante.



Sinfonias

* Symphony No. 1 in C minor
* Symphony No. 2 in B flat major, Op. 4
* Symphony No. 3 in E flat major, Op. 10
* Symphony No. 4 in D minor, Op. 13
* Symphony No. 5 in F major, Op. 76
* Symphony No. 6 in D major, Op. 60
* Symphony No. 7 in D minor of 1885, Op. 70
* Symphony No. 8 in G major, Op. 88
* Symphony No. 9 in E minor, Op. 95
(Do Novo Mundo) (1893)

Óperas

* Alfred (unpublished), 1870
* King and Charcoal Burner (Král a uhlíř), 1871, recomposed 1874, revised 1887, Op.14
* The Stubborn Lovers (Tvrdé palice), 1874, Op.17
* Vanda, 1875, revised 1879 and 1883, Op.25
* The Cunning Peasant (Šelma sedlák), 1877, Op.35
* Dimitrij, 1881/1882, revised 1883, 1885, 1894/1895, Op.64
* The Jacobin, 1887/1888, revised 1897, Op.84
* The Devil and Kate (Čert a Káča), 1898/1889, Op.112
* Rusalka, 1900, Op.114
* Armida, 1902/1903, Op.115

Antonín Leopold Dvorák


























Dvorák nasceu em Nelahozeves, localidade tcheca, em 8 de setembro de 1841. Morreu em Praga em 1 de maio de 1904.
Usou, encantadoramente, o folclore musical tcheco, embora não tenha usado melodias folclóricas existentes. Inventou seus temas.
Foi discípulo de Schumann e Brahms, mas seu amor secreto foi a música de Schubert.
Trabalhou com todas as formas e sua música tem um frescor espontâneo que às vezes oculta o talento da sua construção.
Foi um compositor do Romantismo do Império Austríaco, actual República Checa.

A obra de Dvořák constitui uma síntese do pós-romantismo alemão de Brahms e da tradição folclórica eslava.

Na relação de suas obras encontram-se 9 sinfonias, com destaques para as de numero 1, 2, 7 e 9, um concerto para piano, um concerto para violino, poemas sinfonicos ("O espirito das águas", "Meu Lar", "Waldesruhe"), aberturas ("Othello", "Na natureza", "Trágica"), danças sinfônicas, o famoso concerto para violoncelo, suites ("Tcheca","Americana") e as danças tchecas.

As composições de Dvořák tem estilos muito próprios, com grande riqueza melódica e colorido orquestral.



As artes são o mais seguro meio de se esconder do mundo e são também o meio mais seguro de se unir a ele.

Franz Liszt (n. Raiding 1811; m. Bayreuth 1886)
















"A música é capaz de reproduzir em sua forma real, a dor que dilacera a alma e o sorriso que inebria"

Ludwig van Beethoven (1770-1827)

,Madame Butterfly


Ato I


Benjamin Franklin Pinkerton, oficial da marinha dos Estados Unidos em Nagasaki, acaba de fazer um excelente negócio: comprou não somente uma casa na colina, com vista para o mar e o porto de Nagasaki, mas também leva de brinde uma gueixa, Cio-Cio-San, garota de apenas quinze anos de idade, que irá morar com ele na casa. Goro, o agente imobiliário e matrimonial, mostra a Pinkerton sua nova casa, quando chegam Suzuki, sua nova serva, aia de Butterfly, e Sharpless, cônsul dos Estados Unidos em Nagasaki. Pinkerton oferece um uísque ao amigo, e explica a ele o negócio que acaba de fazer. Sharpless o adverte, porém, de que seria um grande pecado machucar os sentimentos da garota, que parece acreditar na seriedade desse casamento e está perdidamente apaixonada por ele. Pinkerton, numa atitude discriminatória e ignorante, ergue um brinde ao dia em que se casará de verdade com uma esposa americana.

Chega Butterfly com suas amigas, que cantam um hino à beleza da paisagem e à ternura das garotas do Japão, enquanto Cio-Cio-San canta seu amor por Pinkerton. Chegam convidados, os parentes todos de Butterfly, com exceção do tio, um monge budista que se opõe a esse casamento. Butterfly, porém, confessa que visitou a missão americana em Nagasaki e se converteu à religião de Pinkerton - prova da sinceridade dos seus sentimentos. A cerimônia de casamento de Butterfly e Pinkerton é interrompida pela chegada do tio bonzo, que ficou sabendo que Butterfly havia renunciado à fé dos seus antepassados, e lança uma maldição contra ela. Butterfly chora, mas é consolada pelo marido. Os convidados se retiram, e Butterfly e Pinkerton estão finalmente a sós. A noite cai. Segue-se um dueto de amor entre ambos.


Ato II

Pinkerton regressou aos Estados Unidos; prometeu, porém, que voltaria "quando os pintarroxos fizerem os seus ninhos." Já se passaram três anos. Butterfly chora, e Suzuki reza o tempo inteiro, ajoelhada diante da imagem do Buda. Suzuki diz a Butterfly que suspeita que seu marido não voltará mais. "Cala a boca, ou te mato!", responde Butterfly. Ela chora, mas não perde a esperança: Un bel dì vedremo - um belo dia veremos um fio de fumaça no horizonte - o navio de Pinkerton!

Chega Sharpless, que traz uma carta de Pinkerton para Butterfly, cujo objetivo é prepará-la para o golpe que ela vai receber, ao saber que ele se casou com uma americana. Butterfly lhe pergunta quando fazem seus ninhos na América os pintarroxos. "Não sei," responde Sharpless, "nunca estudei ornitologia." Logo após chega Goro, trazendo um novo candidato à mão de Butterfly: o Príncipe Yamadori, homem rico e perdidamente apaixonado por Butterfly. Butterfly o repele com zombarias, reafirma que está casada com Pinkerton, e manda o príncipe e o insolente nakodo embora de sua casa.

Sharpless começa a ler a carta, mas não consegue terminar a leitura, porque Butterfly o interrompe o tempo todo com manifestações de carinho e fidelidade ao marido, e ele também não tem coragem de revelar-lhe a rude verdade. Num gesto brusco, ele fecha a carta, a põe de volta no bolso, e pergunta a ela o que ela faria se ele não voltasse. Voltaria a ser gueixa, responde Butterfly; ou, melhor ainda - "me mataria." Sharpless pede a ela que pare de alimentar ilusões e aceite a proposta do rico Yamadori. Sentindo-se ultrajada, Butterfly mostra a ele o filho que ela teve com Pinkerton, cuja existência tanto o cônsul como Pinkerton ignoravam. Sharpless promete escrever a Pinkerton para revelar a ele a existência desse seu filho, e se retira. Lá fora, Suzuki golpeia Goro, acusando-o de espalhar calúnias a respeito do filho de Butterfly, dizendo que ninguém sabe quem é o pai do garoto.

Ouve-se um tiro de canhão vindo do porto. Uma nave de guerra! Butterfly olha com seus binóculos e lê o nome do navio: é o Abraham Lincoln, o navio de Pinkerton. Suzuki e Butterfly decoram a casa com flores primaveris, para aguardar a chegada de Pinkerton (Scuoti quella fronda di ciliegio, o famoso Dueto das Flores). Sem poder dormir, Butterfly esperará a noite toda pelo marido.


Ato III

Butterfly, que não dormiu a noite inteira, canta uma cantiga de ninar para o filho, que adormece nos seus braços. Suzuki aconselha a ela que durma também; quando Pinkerton chegar, ela virá despertá-la. Exausta, ela por fim cai no sono. Falta pouco para amanhecer quando batem à porta; Suzuki vai atender, são Sharpless e Pinkerton. Pinkerton, ao ver todas as flores e ao ouvir de Suzuki como Butterfly o esperou todos esses anos, é tomado de um súbito remorso. De repente, Suzuki nota uma mulher no jardim, e pergunta quem é ela. Sharpless não aguenta mais essa farsa e conta-lhe toda a verdade. Suzuki leva as mãos ao rosto e diz: "Santas almas! Para a pequena, o sol se apagou!" Sharpless pede a Suzuki que vá ao jardim falar com Kate Pinkerton. Enquanto isso, este último, possuído por um remorso avassalador, por fim reconhece que foi naquela casinha pequenina que ele conheceu a verdadeira felicidade (Addio, fiorito asil). Pinkerton sai correndo; ele não tem coragem de enfrentar a jovem cuja vida ele destruiu.

Butterfly desperta e, ao sair do quarto onde estava dormindo, entra na sala e se depara com Sharpless, Suzuki, e uma mulher estranha. Suzuki chora. Num átimo, Butterfly compreende tudo. "Não! Não me digam nada. Eu já sei. Aquela é a mulher de Pinkerton?" Kate pede a ela que lhe entregue o seu filho. "Serei como uma mãe para ele." Butterfly promete que o entregará dentro de meia hora. Sharpless e Kate se retiram, e Butterfly pede a Suzuki que vá buscar seu filho. Enquanto isso, ela retira de um baú um punhal, com o qual seu pai havia cometido seppuku, também conhecido como hara-kiri, um suicídio ritual japonês, e lê a inscrição: "Com honra morre aquele que não mais com honra viver pode." Suzuki volta com o garoto, e Butterfly pede a ela que a deixe a sós com ele. Ela beija ternamente o seu filho, e pede a ele que nunca se esqueça da sua mãe japonesa. Venda os olhos do menino, dá-lhe uns brinquedos para que brinque, e enfia a faca no ventre. É o fim.






Madame Butterfly






















Na virada do século XIX para o XX, na cidade de Nagasaki, vive a jovem gueixa Cio-Cio-San, conhecida como Madame Butterfly. Com apenas 15 anos, ela é prometida ao Tenente Pinkerton, da marinha dos EUA. Acreditando ser ele o homem de sua vida, Cio-Cio-San renega sua própria cultura e sua religião para se entregar integralmente ao marido. O estrangeiro, no entanto, está a procura apenas de um casamento temporário, que possa distraí-lo nos meses em que vive na cidade. Mesmo depois de sua partida, no entanto, a gueixa ainda tem fé de que ele retornará e a fará feliz.

O Japão era um país quase totalmente isolado do resto do mundo, até que por volta de 1870 um presidente americano mandou uma expedição de reconhecimento a Sua Majestade Imperial, cujo intuito era forjar laços de amizade com o Império do Sol Nascente. Nas décadas que se seguiram, vários oficiais da marinha americana visitaram o Japão e contraíram matrimônios temporários com jovens japonesas. A história de Cio-Cio-San (Butterfly, ou Borboleta), portanto, se baseia em fatos reais, e descreve as trágicas consequências de um desses matrimônios contraídos com leviandade.

Madame Butterfly




















Madama Butterfly é uma ópera em três atos (originalmente em dois atos) de Giacomo Puccini, com libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, baseado no drama de David Belasco, o qual por sua vez se baseia numa história escrita pelo advogado americano John Luther Long. Estreou no teatro Scala de Milão a 17 de fevereiro de 1904.




Personagens

Cio-Cio-San (Butterfly) (uma gueixa)

Suzuki (aia de Butterfly)

B.F. Pinkerton, (Lugar-tenente da marinha dos Estados Unidos)

Sharpless, (Cônsul dos Estados Unidos em Nagasaki)

Goro, (nakodo) (Agente imobiliário e matrimonial)

Príncipe Yamador, (prometido à mão de Cio-Cio-Sam)

Um bonzo, (monge budista), (tio de Cio-Cio-Sam)

Comissário Imperial

Um notário Kate Pinkerton, (esposa americana de Pinkerton)


A história se passa em Nagasaki, Japão, por volta de 1900.

A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa.

Edward Elgar (n. 1857; m. 1934)

Obras de Puccini


























  • Preludio para orchestra (1876)
  • Preludio Sinfonico para orchestra (1882)
  • Capriccio Sinfonico para orchestra (1883)
  • Adagetto para orchestra
  • Cantata: A Giove
  • Cantata: I figli d'Italia bella (1877)
  • Hino de Roma
  • Missa a Quatro Vozes (1880)
  • Réquiem (1905)
  • Marcia Scossa Elettrica para piano
  • três Minuetos para quarteto de cordas
  • Crisantemi para quarteto de cordas
  • Onze canções para piano
  • Foglio d'Album
  • Piccolo Tango
Óperas


* Le Villi (1884)
* Edgar (1889)
* Manon Lescaut (1893)
* La Bohème (1896)
* Tosca (1900)
* Madama Butterfly (1904)
* La Fanciulla del West (1910)
* La rondine (1917)
* Il trittico (óperas curtas em ato único, 1918):
o Il tabarro
o Suor Angelica
o Gianni Schicchi
* Turandot (póstuma, 1926)
o nessun dorma

Giacomo Puccini






















p u c c i n i
(1858-1924)

Giacomo Puccini nasceu em Lucca (Itália), em 22 de dezembro de 1858. Músicos hereditários, desde Giacomo Puccini (1712-1781), trisavô do ilustre compositor, os Puccini tinham colaborado sempre no festival da Giornata delle Tasche, que realizava todos os anos em Lucca, quando das eleições municipais. Aos dez anos, Puccini era soprano na Escola de Canto de San Martino. Depois, estudou órgão e composição com músicos de Lucca e foi organista em várias igrejas da cidade.

Ouvindo Beethoven



Venham leis e homens de balanças,
mandamentos d'aquém e d'além mundo.
Venham ordens, decretos e vinganças,
desça em nós o juízo até ao fundo.

Nos cruzamentos todos da cidade
a luz vermelha brilhe inquisidora,
risquem no chão os dentes da vaidade
e mandem que os lavemos a vassoura.

A quantas mãos existam peçam dedos
para sujar nas fichas dos arquivos.
Não respeitem mistérios nem segredos
que é natural os homens serem esquivos.

Ponham livros de ponto em toda a parte,
relógios a marcar a hora exacta.
Não aceitem nem queiram outra arte
que a prosa de registo, o verso acta.

Mas quando nos julgarem bem seguros,
cercados de bastões e fortalezas,
hão-de ruir em estrondo os altos muros
e chegará o dia das surpresas.


(José Saramago)
In "Os Poemas Possíveis", 1966

Mozart no céu













No dia 5 de dezembro de 1791 Wolfgang Amadeus Mozart
entrou no céu, como artista de circo, fazendo
piruetas extraordinárias sobre um mirabolante cavalo branco.

Os anjinhos atônitos diziam: Que foi? Que não foi?
Melodias jamais ouvidas voavam nas linhas suplementares
superiores da pauta

Um momento se suspendeu à contemplação inefável.
A Virgem beijou-o na testa
E desde então Wolfgang Amadeus Mozart foi o mais moço dos anjos.

Manuel Bandeira

sábado, 20 de junho de 2009






















Três anos antes de morrer, Beethoven assistiu a seu derradeiro e maior triunfo: foi efusivamente aplaudido durante a execução de sua Nona sinfonia. O sucesso animou-o a escrever o que seria sua décima sinfonia. Porém, não houve tempo para tanto. Ludwig van Beethoven morreu de cirrose hepática em 26 de março de 1827, após contrair pneumonia, numa tarde de tempestade sobre Viena.

Beethoven

Na última década de vida, Beethoven ficou completamente surdo. Gastava as noites pelas tavernas, vestia-se como um maltrapilho, arranjava brigas com vizinhos. Os pulmões estavam em frangalhos, o fígado dissolvia-se no álcool, o reumatismo e as dores de cabeça o atormentavam dia e noite, a surdez se fazia acompanhar de moléstias oculares. Mesmo assim, continuava a compor obras-primas. Diz-se que a falta de audição havia libertado o compositor de todas as convenções musicais, possibilitando-lhe criar uma música abstrata e completamente inovadora.













“Não consigo escrever poesia: não sou poeta. Não consigo dispor as palavras com tal arte que elas reflitam as sombras e a luz: não sou pintor... Mas consigo fazer tudo isso com a música...”

Wolfgang Amadeus Mozart

Ludwig van Beethoven

























Ludwig van Beethoven (Bonn, 16 de dezembro de 1770 — Viena, 26 de março de 1827) foi um compositor erudito alemão, do período de transição entre o Classicismo (século XVIII) e o Romantismo (século XIX).

É considerado um dos pilares da música ocidental, pelo incontestável desenvolvimento, tanto da linguagem, como do conteúdo musical demonstrado nas suas obras, permanecendo como um dos compositores mais respeitados e mais influentes de todos os tempos.Foi em Viena que lhe surgiram os primeiros sintomas da sua grande tragédia. Foi-lhe diagnosticado, por volta de 1796, tinha Ludwig os seus 26 anos de idade, a congestão dos centros auditivos internos, o que lhe transtornou bastante o espírito, levando-o a isolar-se e a grandes depressõesConsultou vários médicos, inclusive o médico da corte de Viena. Fez curativos, realizou balneoterapia, usou cornetas acústicas, mudou de ares; mas os seus ouvidos permaneciam enrolados. Desesperado, entrou em profunda crise depressiva e pensou em suicidar-seEmbora tenha feito muitas tentativas para se tratar, durante os anos seguintes, a doença continuou a progredir e, aos 46 anos de idade (1816), estava praticamente surdo. Porém, ao contrário do que muitos pensam, Ludwig jamais perdeu a audição por completo, muito embora nos seus últimos anos de vida a tivesse perdido, condições que não o impediram de acompanhar uma apresentação musical ou de perceberDe 1816 até 1827, ano da sua morte, ainda conseguiu compor cerca de 44 obras musicais. Sua influência na história da música foi imensa. Ao morrer, a 26 de Março de 1827, estava a trabalhar numa nova sinfonia, assim como projectava escrever um Requiem. Conta-se que cerca de dez mil pessoas compareceram no seu funeral, entre elas Franz Schubert. Faleceu de cirrose hepática, após contrair pneumonia.nuances timbrísticas.

Flauta: instrumento insuportável - Mozart




Mesmo detestando o som deste instrumento de sopro, o compositor austríaco deixou obras memoráveis que destacam a flauta como solista. O famigerado "ódio" de Mozart às flautas deve-se provavelmente à dificuldade, na época, de se manter a afinação destes instrumentos. Ainda assim, o gênio não teve problemas em aceitar encomendas de concertos para flauta em tempos de bancarrota.

Carmen


Estreada mundialmente em 1872, a última ópera composta por Bizet eterniza a relação fatídica entre a voluntariosa cigana e Don José, um pacato sargento cujos códigos morais serão perturbados por uma avassaladora e incontrolável paixão. Apesar de acreditar estar enamorado de outra, Don José não consegue ficar indiferente à cigana e acaba por ceder aos seus encantos. Chamado a prender Carmen, durante uma rixa entre colegas da fábrica de tabaco onde ela trabalha em Sevilha, Don José permite que ela se liberte em troca de uma promessa de amor. A evasão de Carmen leva a que o militar acabe por ser preso e se confrontar com seu superior. Sem opção, o sargento abandona a carreira para seguir Carmen.

O amor possessivo de Don José e os conflitos morais que esta paixão desencadeia provocam o gradual desinteresse de Carmen que o incita a partir e a acompanhar outra mulher, quando esta surge para lhe comunicar que a sua mãe estava a morrer. O afastamento de Don José possibilita a oportunidade de um triunfante toureiro conquistar o coração de Carmen e é na sua companhia que regressa a Sevilha, local onde reencontra Don José. Sem receio de enfrentar o desespero e as súplicas deste, Carmen, desafia o destino e assume o novo amante. Desfeito em ciúme, Don José apunhala mortalmente a cigana e, sobre o seu corpo inerte, é um homem destruído que confessa o crime e declara o amor sentido pela sua “adorada Carmen”.

Leitura à luz da lua





















Sempre interessado em aprender cada vez mais, Bach não poupava esforços para avançar seus conhecimentos. Conta-se que certa vez, antes de completar 13 anos, ele pediu um livro emprestado ao seu irmão mais velho, Johann Christoph. Como este lhe negou, habilmente o menino encontrou uma solução para resolver o problema. Todas as noites após irem se deitar, ele pegava o livro de música e varava madrugadas estudando. Como não podia acender velas para não chamar a atenção do irmão, por muito tempo estudou, tendo como única claridade a luz da lua. Esse costume de transcrever obras na escuridão, aliás, perdurou por toda sua vida. Um esforço que certamente contribuiu para a sua completa cegueira.

Sinfonia Inacabada de Schubert




















Ao contrário do que se costuma pensar, a Sinfonia Inacabada de Schubert não recebeu este nome porque o autor morreu antes de terminá-la. Na verdade, a composição data de 1822, seis anos antes da data da morte do autor. Por motivos nunca bem explicados por seus biógrafos, Schubert simplesmente desistiu de completar a obra, que mesmo assim é considerada uma de suas principais realizações.

LUDWIG VAN BEETHOVEN (1770-1827)




Em algumas ocasiões, Beethoven despejava água gélida em sua cabeça, garantindo que isso estimulava o cérebro. Aos 30 anos, Beethoven foi atacado pela surdez, que o atormentou até o final de seus dias. Beethoven também tocava piano com um palito preso no piano e aos seus dentes para sentir a vibração das cordas do piano.





















Wolfgang pregava a felicidade, tanto na vida quanto nas suas composições. A Flauta Mágica é o maior exemplo disso.

"A felicidade consiste unicamente em imaginarmos que somos felizes".

Wolfgang Amadeus Mozart

Mozart


Mozart nasceu em 27 de Janeiro de 1756, em Salzburgo, e foi batizado um dia depois, na catedral de São Ruperto com o nome latino de Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart. Mozart passou a vida a mudar a forma como se chamava e a forma como era chamado pelos outros.

Os dois primeiros nomes de batismo recordam que o seu dia de nascimento, 27 de Janeiro, era o dia de São João Crisóstomo. "Wolfgangus" era o nome do seu avô materno. "Theophilus" era o nome do seu padrinho, o negociante Joannes Theophilus Pergmayr.

Mozart continuou, mais tarde, a fazer modificações ao seu nome, em especial o nome do meio, "Theophilus" (Teófilo) que significa, em grego, "Amigo de Deus". Só em raras ocasiões usou a versão latina deste nome, "Amadeus", que hoje tornou-se a mais vulgar. Preferia a versão francesa Amadé ou Amadè. Usou também as formas italiana "Amadeo" e alemã "Gottlieb".

PIOTR ILICH TCHAIKOVSKY (1840-1893)











A primeira vez que Tchaikovsky regeu uma música sua em público teve a alucinação de que sua cabeça iria se desprender a não ser que a mantivesse totalmente rígida. Só voltou a reger 10 anos depois.



















A Música é uma revelação mais profunda que qualquer Filosofia.
Ludwig Van Beethoven

Túmulo de Georges Bizet






















Bizet não viveu para ver o seu sucesso. Morreu de um ataque cardíaco aos 36 anos de idade, na data do seu aniversário de casamento, em Bougival (Yvelines), cerca de 10 milhas a oeste de Paris. Foi sepultado no Cemitério do Père-Lachaise, em Paris.


LOCAL: Divisão 68 do Cimetière du Père Lachaise, Paris, França.

Georges Bizet

















Georges Alexandre César Léopold Bizet (25 de outubro de 1838, Paris - 3 de junho de 1875, Bougival) foi um compositor francês da época do Romantismo.

Bizet nasceu numa família de músicos e era uma criança-prodígio. Foi admitido no Conservatório de Paris aos nove anos de idade, onde estudou com Zimmerman, Marmontel e Halévy. Em 1857, foi agraciado com um prêmio oferecido por Jacques Offenbach pela ópera Le Docteur Miracle, e obteve o Prémio de Roma, onde estudou durante três anos. Lá, Bizet desenvolveu obras como a Sinfonia em Dó Maior e a ópera Don Procopio.

Depois da sua estadia em Roma, Bizet voltou a Paris onde se dedicou totalmente à composição. Em 1863 escreveu a ópera Les pêcheurs de perles (Os Pescadores de Pérolas), sua primeira grande obra. Dessa época é também a ópera La Jolie Fille de Perth e sua famosa suíte L'Arlesienne, escrita como música incidental para uma peça teatral de Alphonse Daudet, e a peça para piano Jeux d'enfants (Juegos de niños). Também escreveu a ópera Djamileh.


Em 1875, Bizet escreve Carmen, sua última e mais famosa ópera, sendo até hoje uma das mais representadas em todo o mundo. Escrita com base na novela homônima de Prosper Mérimée, a composição de Carmen teve a influência de Giuseppe Verdi, usando uma mezzo-soprano como personagem principal, a cigana Carmen. Não teve êxito imediatamente, apesar do mérito reconhecido por compositores como Camille Saint-Saëns, Pyotr Ilyich Tchaikovsky e Claude Debussy.

Alguns poucos meses após a estréia de Carmen, Bizet entrou numa profunda crise de depressão e faleceu aos 36 anos de idade, na data do seu aniversário de casamento. A causa oficial foi uma parada cardíaca devido ao reumatismo articular agudo. Foi sepultado no cemitério Père Lachaise, de Paris.

Embora tenha sido mais famoso como compositor, Bizet foi também um grande pianista, elogiado inclusive por Franz Liszt, que o considerou um dos melhores exeecutantes de toda a Europa.

AIDA




















Composta em 1871 pelo consagrado italiano Giuseppe Verdi, AIDA foi escrita a pedido do vice-rei egípcio Ismail Pashá, para comemorar a inauguração do Canal de Suez.

Personagens

Aida, (escrava etíope, Na Etiópia era princesa, apaixonada por Radamés)

Radamés
, (general egípcio, apesar de ser prometido a Amnéris está apaixonado por Aida)

Amnéris
, (filha do faraó, rival de Aida pelo coração de Radamés)

Amonasro, (rei da Etiópia, pai de Aida)

Faraó Ramfis, (sumo sacerdote)


ATO I

A ópera conta a história de Radamés, um jovem capitão da guarda do faraó que é escolhido pela deusa Ísis para comandar o exército egípcio na guerra contra os etíopes, cujo rei ameaçava invadir Tebas. O jovem soldado é apaixonado por Aida, escrava de Amneris, filha do faraó, a qual, por sua vez, ama Radamés. Embora ninguém na corte o saiba, Aida também é uma princesa, pois é a filha aprisionada de Amonasro rei da Etiópia. Ao perceber o amor correspondido de Radamés por Aida, Amneris se enche de ciúmes. Quando o guerreiro é designado para comandar as tropas egípcias, o coração de Aida se divide entre o amor que sente por ele e o amor por sua pátria.

Num templo de Mênfis acontece uma grande cerimônia em honra de Radamés, na qual as sacerdotisas invocam o deus Ptah ao som de harpas. O guerreiro recebe a espada sagrada que levará o terror e a morte aos inimigos.


ATO II

Quando se sabe da vitória dos egípcios sobre os etíopes, Amneris procura confirmar suas suspeitas de que Aida ama Radamés. Diz-lhe, falsamente, que ele havia morrido em combate. O desepero da escrava confirma seu amor secreto. Admitindo que mentira e que Radamés está vivo, Amneris revela o seu próprio amor pelo herói e trata a jovem escrava com crueldade e humilhação.

Quando as tropas vencedoras retornam, o povo se reúne numa vasta avenida de Tebas e irrompe num vigoroso coro em louvor da deusa Ísis, do Egito e do faraó. Radamés chega sob um docel transportado por doze oficiais e o faraó desce do trono e abraça o herói, saudando-o como o salvador do Egito. Radamés ajoelha perante Amneris, que lhe coloca na testa a coroa da vitória. O rei se propõe a satisfazer qualquer desejo de Radamés, mas ele pede, antes de tudo, que tragam os cativos. Os prisioneiros etíopes são trazidos perante o faraó e entre eles encontra-se Amonasro, pai de Aida, vestido de oficial. Aida o reconhece e o abraça e ele a adverte para que não revele sua condição de rei etíope. Apresenta-se ao faraó como pai da jovem e um dos oficiais que lutou a favor do seu rei que, diz ele, está morto. Os prisioneiros pedem misericórdia, mas os sacerdotes clamam para que sejam mortos. Radamés intercede em favor dos prisioneiros e pede ao faraó, como sua recompensa pessoal, que lhes conceda a vida e a liberdade. Ramphis, o Sumo Sacerdote, protesta sem sucesso e, então, sugere que pelo menos o pai de Aida seja mantido como refém. O faraó concorda e dá a Radamés a mão de sua filha em casamento e, com isso, a perspectiva de reinar como seu sucessor. Em meio à alegria geral, apenas as vozes de Radamés e Aida lamentam a decisão real, enquanto que Amonasro tem sua mente voltada para a vingança e a libertação do seu povo.


ATO III

Amneris deve passar a noite anterior ao dia de seu casamento orando no templo de Ísis. Chega ao local de barco acompanhada pelo Sumo Sacerdote e por algumas mulheres e guardas. De dentro do templo vem um coro suave de sacerdotes e sacerdotisas cantando louvores à deusa. Rezarei, diz Amneris, para que Radamés me dê todo o seu coração, assim como o meu lhe será fiel para sempre. Depois que a princesa e seu séquito entram no templo, Aida chega para um encontro que havia combinado com Radamés. Ela está determinada a jogar-se no Nilo se ele vier apenas para despedir-se dela para sempre. Seu pai, que aguardava uma oportunidade para falar a sós com ela, aparece e lhe diz que os etíopes estão se armando para uma nova guerra; o êxito é certo se ela conseguir descobrir o caminho que o exército egípcio tomará. Amonasro lhe promete o retorno ao seu país e ao seu trono com o amado a seu lado. Radamés comandará os egípcios novamente; o capitão ama Aida — que a filha tire daí, por si própria, as suas conclusões. A princípio a jovem rejeita a sugestão do pai. Entretanto, apelando para o patriotismo da jovem, o rei etíope a convence. Nesse momento, percebendo a aproximação de Radamés, Amonasro se esconde entre as palmeiras. O egípcio entra com um grito de arrebatamento ao rever a amada. Aida, um pouco friamente, pondera que embora ele a ame, como pode ter esperanças de escapar à rede tecida à sua volta pelo amor de Amneris, pela vontade do faraó, pela confiança do povo e pela cólera dos sacerdotes contra os etíopes? Radamés expõe-lhe o plano que concebeu. Os etíopes levantaram-se outra vez e invadiram o Egito; ele é, de novo, o comandante dos exércitos; quando retornar vitorioso, prostar-se-á perante o faraó, abrir-lhe-á o coração e lhe dirá que a única recompensa que deseja é a permissão de se reunir a Aida. A moça o adverte da fúria de Amneris que, certamente, clamará por vingança contra ela, contra seu pai e sua pátria. Quando o guerreiro afirma que a defenderá de tais perigos, Aida assegura que será em vão e lhe expõe o seu plano: fugirem juntos. A moça pinta em cores brilhantes as delícias da vida na Etiópia e Radamés, inicialmente hesitante, finalmente se deixa convencer e propõe que fujam através da garganta de Napata, a rota que será usada pelo exército egípcio e que estará deserta até o dia seguinte. Amonasro, tendo ouvido tudo, sai de seu esconderijo e revela a Radamés que é o pai de Aida e o rei dos etíopes e que seus soldados estarão esperando os egípcios na rota indicada. Horrorizado, Radamés percebe que, indadvertidamente, traiu seu país. Aida e Amonasro tentam convencê-lo a fugir, mas nesse momento Amneris, com o grito de "Traidor!", sai do templo, seguida por Ramphis, pelos sacerdotes e pelos guardas. Amonasro puxa do punhal e quer lançar-se sobre Amneris, mas Radamés o segura. Enquanto Aida e Amonasro fogem, o egípcio se deixa aprisionar.


ATO IV

Antes do julgamento de Radamés os sentimentos de Amneris oscilam entre o amor e o ciúme que sente por ele. Manda aos guardas que lhe tragam o prisioneiro e se oferece para pedir o perdão do faraó se ele renunciar ao amor de Aida. Radamés recusa a oferta pois o segredo fatal lhe escapou dos lábios por descuido e, portanto, não se sente culpado e não tentará se desculpar perante os juízes. Por outro lado, não sente mais vontade de viver, porque perdeu tudo quanto lhe fazia doce a vida e a morte lhe será benvinda, visto que morre por Aida. Desesperada, Amneris vê seu amado partir para ser julgado no salão subterrâneo do tribunal. Ela ouve, então, as acusações lidas em voz alta: revelou ao inimigo os segredos da pátria; abandonou o campo na véspera da batalha; quebrou seu juramento, foi falso à sua terra, ao seu faraó e à sua honra. Exortado a se defender, Radamés permanece mudo e é condenado. Sofrerá a morte de todos os traidores: será enterrado vivo debaixo do altar do deus do qual ele escarneceu. Amneris exclama que estão punindo um inocente e amaldiçoa os impiedosos sacerdotes que se consideram ministros das divindades e que nunca encontram sangue bastante para se saciarem. Finalmente, louca de dor, pede aos deuses que a vinguem.

Na última cena da ópera, num arranjo idealizado pelo próprio Verdi, o palco é dividido horizontalmente. A parte superior mostra o interior do templo de Vulcano — o deus Ptah dos egípcios —, banhado por uma luz dourada e resplandecente, enquanto que a parte inferior é a cripta onde Radamés aguarda a morte — espaço amplo, sombrio, cujas colunas são estátuas colossais de Osíris de mãos cruzadas. Quando o pano sobe, no templo, dois sacerdotes colocam em posição a última pedra que fecha o subterrâneo. Radamés, na cripta escura, ouve um gemido. É Aida que havia se escondido sem ser vista no subterrâneo para morrer ao lado dele. Ambos cantam um calmo e radiante adeus a este "vale de lágrimas". No templo os sacerdotes celebram solene ritual e invocam ao deus Ptah. Radamés, sem sucesso, faz um esforço desesperado para mover a pedra que fecha a abóbada. Os amantes se põem a esperar o inevitável fim. Amneris, de luto, entra no templo e lança-se sobre a pedra que fecha a cripta, soluça um adeus a Radamés e uma oração à deusa Ísis pela sua alma. Finalmente, Aida cai moribunda nos braços do amado, Amneris continua seu apelo à deusa, os sacerdotes novamente invocam ao deus Ptah e o pano desce lentamente.


La traviata























La traviata (em português A transviada) é uma ópera em quatro cenas (três ou quatro atos) de Giuseppe Verdi com libreto de Francesco Maria Piave.
Foi baseada no romance A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho.

Personagens

Violetta Valéry

Flora Bervoix (sua amiga)

Annina (empregada de Violetta)

Alfredo Germont

Giorgio Germont (seu pai)

Gastone (Visconde de Létorières)

O Barão Douphol

O Marquês d'Obigny

O Dr. Grenvil

Giuseppe (servo de Violetta)

Um empregado doméstico de Flora

Um comissionário

Ato I


É noite de festa na casa da socialite Violetta Valéry. Violetta, prometida ao Barão Douphol, é apresentada por seu amigo Gastone de Letorières a seu amigo Alfredo Germont. Gastone conta que ele já conhecia Violetta há algum tempo e a amava em segredo. Alfredo, então, ergue um brinde a Violetta e lhe faz uma declaração de amor.

Violetta responde a Alfredo que, sendo uma mulher mundana, não sabe amar e que só lhe poderia oferecer a amizade, sendo que Alfredo deveria procurar outra mulher. Mas ainda assim, entrega-lhe uma camélia que carrega entre os seios e solicita a ele que volte no dia seguinte. Após o fim da festa, Violetta permanece só e começa a se dar conta do quão profundamente lhe tocaram as palavras de Alfredo, um amor que ela jamais conheceu anteriormente.



Ato II

Violetta e Alfredo iniciam um relacionamento amoroso e vão morar numa casa de campo, nos arredores de Paris. Aninna, a criada de Violetta, conta a Alfredo que Violetta tem ido constantemente a Paris vender seus bens, para custear as despesas da casa de campo.

Giorgio Germont, pai de Alfredo, visita Violetta e lhe suplica que abandone Alfredo para sempre. Giorgio conta-lhe sobre sua família e especialmente sua filha, na Provença, e acredita que ver Alfredo envolvido com uma mulher mundana destruiria sua reputação.

Contrariada, Violetta atende as súplicas de Giorgio e lacra um envelope endereçado a Alfredo. Violetta parte para uma festa na casa de sua amiga Flora Bervoix e Alfredo lê a carta. Desconfiado de que Violetta possa tê-lo traído, Alfredo vai até a casa de Flora, para se vingar .



Ato III

A festa tem início com um grupo de mascarados que lhes proporcionam um divertimento. Violetta chega à festa acompanhada do Barão Douphol. Alfredo surge logo em seguida.

Alfredo começa a jogar com o Barão e ganha. Em um momento em que o jantar é servido, Violetta e Alfredo permanecem a sós no salão e Alfredo força-a a confessar a verdade. Violetta, mentindo, diz amar o barão. Furioso, Alfredo convoca todos para o salão e atira na cara de Violetta todo o dinheiro conseguido no jogo e desafia Douphol para um duelo. Violetta desmaia, Alfredo é reprimido por todos e a festa termina.



Ato IV

Violetta está doente e empobrecida, depois de se desfazer de todos os bens. Tomada pela tuberculose, recebe cartas de vários amigos e uma, em especial, chama a atenção. É de Giorgio Germont, arrependido por ter colocado Violetta contra Alfredo.

Giorgio e Alfredo visitam Violetta, e eles todos se reconciliam. Violetta e Alfredo começam a fazer planos para a vida depois de que Violetta se recuperar. Entretanto, Violetta está muito debilitada fisicamente e começa a sentir o corpo falhar. Entrega a Alfredo um retrato seu e avisa-o para que o entregue à próxima mulher por quem ele se apaixonar. Violetta sente os espasmos da dor cessarem, mas em seguida expira.

Túmulo de Verdi













Em 19 de janeiro de 1901 sofre uma trombose e acaba falecendo no dia 27 do mesmo mês, em Milão, causando imensa comoção em toda a Itália. Atendendo seus desejos, seu túmulo foi colocado na Casa di Reposo Giuseppe Verdi mantida até hoje com recursos de parte dos direitos autorais do compositor

Túmulo ricamente decorado com vários tipos de mármores. A base tumular em mármore negro . Sobre a laje o nome do compositor em bronze.

LOCAL: Cemeterio Monomentale di Milano, Casa di reposo por musicisti, Milão, Lombardia, Itália.

Óperas de Verdi



* Rigoletto
* Aída
* Ernani
* Othello
* Falstaff
* Macbeth
* La Traviata
* Il Trovatore

Giuseppe Verdi







Verdi era filho de Carlo Verdi, dono de uma taberna, e de Luisa Utini, tendo nascido na pequena localidade de Roncole, no Ducado de Parma. Começou ainda pequeno a se interessar pela música e, aos doze anos passou a estudar música em Busseto, sede do muninípio, financiado pelo comerciante Antonio Barezzi. Quando completou 18 anos foi ao Conservatório de Milão, mas foi reprovado por ser maior de catorze anos (os estudantes eram aceitos somente até esta idade), e então demonstrar talento musical. Depois disso, foi atrás de um professor particular e prosseguiu seus estudos por três anos.

Voltando a Busseto, passou a atuar como mestre de capela e maestro da banda, mas isso fez com que ele conseguisse muitos inimigos. Posteriormente, Verdi transferiu-se definitivamente para Milão, com sua esposa Margherita Barezzi, filha de Antonio Barezzi.

Em novembro de 1839, Verdi escrevia a ópera Oberto, Conte di San Bonifacio, que foi estreada no Teatro alla Scala. Pouco depois, em 1840, morriam seus dois filhos e sua esposa, de apenas 27 anos e a sua segunda ópera, Un Giorno di Regno, fracassou. Verdi prometeu que nunca mais comporia, após o incidente.

Bartolomeo Morelli, diretor do Teatro alla Scala, não aceitou a promessa de Verdi e solicitou-lhe que estudasse uma outra peça de teatro, Nabucco. Pouco tempo depois, Verdi entregava uma ópera escrita em cima do libretto. Nabucco é uma ópera que falava a respeito da dominação dos hebreus por Nabucodonosor e isso se identificava com o sentimento do povo italiano, sob a repressão dos austríacos e franceses. A ária Va pensiero su ali dorate (Vai, pensamento, em asas douradas) foi considerada um símbolo nacional pelos italianos.

Passado o sucesso de Nabucco, Verdi continuou a escrever óperas e tornando-se mundialmente conhecido. Surgiam as óperas Ernani, Rigoletto, Don Carlo, Un ballo in maschera, Il trovatore. Houve uma das óperas (La Traviata) que fracassou, apesar de hoje ser uma das óperas mais encenadas no mundo todo. Algum tempo depois, Verdi se casava com Giuseppina Strepponi. Durante esse período, Verdi era aclamado como um patriota, sendo eleito deputado em 1861, ano da unificação e, posteriormente, senador. E continuou escrevendo óperas: em 1871 estreou , em comemoração à abertura do Canal de Suez. Após , Verdi escreveu ainda as óperas Otello e Falstaff, baseadas em Shakespeare além de algumas peças religiosas.

Em 19 de janeiro de 1901 sofre uma trombose e acaba falecendo no dia 27 do mesmo mês, em Milão, causando imensa comoção em toda a Itália. Atendendo seus desejos, seu túmulo foi colocado na Casa di Reposo Giuseppe Verdi mantida até hoje com recursos de parte dos direitos autorais do compositor.
Tudo suportei com firmeza e resignação, com a graça especial de Deus. Quando o estado da minha mãe se tornou muito grave, apenas pedi a Deus duas coisas; primeiro, para a minha mãe, uns bons momentos derradeiros e, para mim, força e coragem.

Wolfgang Amadeus Mozart (n. Salzburg 1756; m. Viena 1791)

Túmulo de Richard Wagner


























No auge da fama, Wagner morre devido a problemas no coração, em 13 de fevereiro de 1883. Foi enterrado na sua própria casa em Bayreuth, em um túmulo por ele mesmo construído.
Wagner foi responsável por inúmeras inovações para a música, tanto em termos de composição quanto em termos de orquestração. Como compositor de óperas, criou um novo estilo, grandioso, cuja influência sobre a música da época e posterior foi forte. Como poeta, escreveu o libreto de todas as suas óperas.

Óperas de Wagner

As óperas são o principal legado artístico de Wagner, podendo ser divididas em três períodos. O primeiro período começou quando o compositor tinha dezenove anos, com seus primeiros esboços de Die Hochzeit (O Casamento), que Wagner abandonou ainda no início, em 1832. As primeiras três óperas terminadas foram Die Feen (As Fadas) (1833-1834), Das Liebesverbot (Amor Proibido) (1835-1836) e Rienzi (ou também: Rienzi, o Último dos Tribunos) (1838-1840). Seu estilo de composição é convencional e ainda não exibiam as inovações que marcaram o compositor na história da música.

O segundo período é considerado como tendo mais qualidade. Ele começa com Der fliegende Holländer (O Holandês Voador; ou Le Vaisseau Fantôme, O Navio Fantasma) (1840-1841), seguido de Tannhäuser (1843-1845) e Lohengrin (1846-1848).

As últimas óperas de Wagner marcam o terceiro período. Alguns críticos opinam que Tristan und Isolde (Tristão e Isolda) (1857-1859) é a maior ópera do compositor. Die Meistersinger von Nürnberg (Os Mestres Cantores de Nurembergue) (1862-1867) é sua única comédia ainda em repertório (a anterior Das Liebesverbot é esquecida) e uma das óperas mais longas ainda sendo apresentadas. Der Ring des Nibelungen (O Anel do Nibelungo) é uma tetralogia de quatro óperas baseadas na mitologia germânica. A obra levou vinte e seis anos para ser completada, exigindo cerca de quinze horas para ser executada. Ela é composta por Das Rheingold (O Ouro do Reno) (1853-1854), Die Walküre (A Valquíria) (1854-1856), Siegfried (1856-1857 e 1864-1871) e Götterdämmerung (Crepúsculo dos Deuses) (1869-1874). A ópera final de Wagner, Parsifal (1877-1882), foi escrita especialmente para a abertura do Bayreuth Festspielhaus, sendo baseada na lenda cristã do Santo Graal.

Wagner explorou bastante a mitologia germânica, em especial referências como o Edda em verso, a saga Völsunga e a Canção dos Nibelungos. Através de suas óperas e ensaios, Wagner defendeu uma nova forma de ópera, o "drama musical", em que todos os elementos musicais e dramáticos são fundidos. Diferente de outros compositores de ópera de até então, que geralmente delegavam a tarefa da escrita do libreto, Wagner era responsável pelos seus, os quais eram referidos como "poemas". Wagner também desenvolveu um estilo de composição em que o papel da orquestra é igual ao dos cantores.

Richard Wagner






















Wagner nasceu em 1813 em Leipzig, no leste da Alemanha. Desde criança tomou gosto pelas artes. Além da música, apreciava o teatro e a literatura, artes que o acompanharam por toda a vida. Autoditada, começou a estudar piano e contraponto aos 11 anos.

Era comum encontrá-lo lendo, principalmente Shakespeare. Sabia de cor as obras de Weber e Beethoven. A filosofia também esteve entre suas paixões. Cursou a Faculdade de Música de Leipzig, um dos principais centros musicais da época, mas largou antes de se formar. Foi nesta época que começou a compor as primeiras obras.

Ele foi compositor, poeta, dramaturgo e ensaísta. Richard Wagner, o inventor de um novo estilo de ópera, promoveu uma revolução musical em seu tempo, criou uma identidade coletiva e influenciou músicos de todos os períodos.
Aos 23 anos, apaixonou-se por Minna, apelido da cantora Guilhermina Planner. Eles chegaram a se casar, mas a união foi conturbada, marcada por infidelidades de ambos os lados. "As suas aflições serão recompensadas com a minha fama", dizia à esposa para fazê-la ficar quieta quando começava a se lamentar. O casamento não durou muito tempo.

Em 1848, iniciou o processo de composição do ciclo O anel dos nibelungos, obra com 18 horas de música e constituída por quatro óperas interligadas: O ouro do Reno, A valquíria, Siegfried e O crepúsculo dos deuses.
Durante o período que passou na Baviera, Wagner se apaixonou por Cosima von Bullow, a esposa do maestro Hans von Bullow. Mesmo feio, baixinho e de cabeça achatada, ele despertava o interesse das mulheres. Cosima abandonou o marido e os dois partiram para Bayreuth (região da Baviera). Lá, eles tiveram dois filhos antes mesmo do casamento.

Na cidade, o compositor construíu um teatro, exclusivamente para apresentar suas obras. A estrutura, que seguiu o modelo grego, fez muito sucesso e colecionou uma legião de admiradores.

Antisemita, em 1850, Wagner publicou O judaísmo na música, em que atacava fortemente a influência judia na cultura e na arte alemã. Na publicação, ele retrata os judeus como "ex-canibais, treinados para ser agentes de negócios da sociedade". O nazismo, que viria a dominar a Alemanha apenas no século 20, elegeu o compositor como um exemplo da superioridade da música e do intelecto alemão.